Vale (VALE3): MP do Espírito Santo quer indenização de R$ 100 bilhões conjunta com BHP e Samarco

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) protocolou, junto a outras instituições de Justiça do Espírito Santo e de Minas Gerais, uma petição que pede a condenação em R$ 100 bilhões por dano moral coletivo das empresas Vale (VALE3), BHP e Samarco. A petição foi protocolada nesta terça (17).

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Segundo o MPES, esse valor deve ser pago pela Vale e as demais companhias em função do rompimento da barragem de Mariana, em MG.

Na sua petição, o Ministério Público pede o julgamento antecipado parcial de mérito. O valor de R$ 100 bilhões, segundo as autoridades judiciais, corresponde a 20% do lucro líquido da Vale e da BHP no acumulado dos últimos três anos.

“O dano coletivo se caracteriza pela privação dos serviços ambientais para as presentes e futuras gerações. Milhares de pessoas que integram grupos de categorias profissionais e econômicas localizadas em territórios dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo – TTAC e Deliberação CIF nº 58/2017 -, ficaram impossibilitadas de exercerem suas atividades e de se alimentar adequadamente em razão da poluição decorrente do desastre”, diz o texto da petição.

As instituições também pedem reconhecimento de danos individuais homogêneos. Exigem pagamentos de indenizações individuais aos atingidos pela tragédia do rompimento da barragem em Mariana.

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Posicionamento da Vale, BHP e Samarco

Em posicionamentos enviados à imprensa, as empresas disseram que não foram notificadas e que estão fazendo o possível para reparar os danos.

“A BHP Brasil informa que ainda não foi notificada sobre essa decisão e que continua a apoiar os programas de reparação e compensação implementados e conduzidos pela Fundação Renova”, diz a BHP.

“A Samarco, com o apoio de suas acionistas Vale e BHP Brasil, reforça o compromisso com a reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, viabilizando medidas de reparação em favor da sociedade e garantindo total suporte para que a Fundação Renova execute as ações, conforme previsto em Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC). A empresa informa que não foi notificada sobre a petição”, diz a Samarco.

A Vale, por sua vez, se limitou a dizer que não foi notificada da petição.

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Eduardo Vargas

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