Grana na conta

Vale (VALE3): lucro no 3T22 cresce 14,6%, para US$ 4,45 bi, acima do consenso

Em relatório publicado nesta quinta-feira (27), a Vale (VALE3) reportou um lucro líquido de US$ 4,45 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 14,6% sobre igual período de 2021 e de 8,8% sobre o segundo trimestre deste ano.

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O resultado da Vale no 3T22 ficou 73% acima da expectativa do Refinitiv, que previa em torno de US$ 2,7 bi.

O Ebtida da Vale (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de US$ 4,002 bilhões, ficou 43,4% abaixo do mesmo intervalo de 2021 e 27,6% abaixo do segundo trimestre. O resultado veio abaixo das Prévias Broadcast, que se apoiou nas médias de Santander (SANB11), Itaú BBA, Citi, Bank of America e XP Investimentos. Para o Ebitda, a expectativa era de recuo para US$ 4,514 bilhões.

A receita líquida da Vale, de US$ 9,929 bilhões, é 19,7% menor que a do terceiro trimestre de 2021 e 11% que a do segundo trimestre deste ano. O valor é um pouco abaixo do previsto pelos analistas, de US$ 10,07 bilhões. Desta forma, a margem Ebitda atingiu 37%.

O fluxo de caixa livre, de US$ 2,164 bilhões, representou recuo de 72% ante o terceiro trimestre de 2021.

Em sua mensagem, o CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo destacou que a mineradora continua focada na disciplina de custos e na melhoria da confiabilidade operacional. Ele ressaltou ainda o desempenho operacional, com a produção de minério de ferro atingindo 90 Mt e os volumes de níquel e cobre aumentando consideravelmente.

Acerca das barragens, Bartolomeo frisou que a Vale segue descaracterizando barragens: para este ano, a meta é desmontar cinco, totalizando 12 desde 2019, o equivalente a 40% do programa.

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O preço do minério de ferro, fator decisivo para o resultado, ficou em 92,6/t, dentro das expectativas, e ante US$ 127,2/t de um ano atrás.

A dívida bruta da Vale apresentou caiu de US$ 13,5 bilhões para US$ 12,2 bilhões na comparação anual, enquanto a dívida líquida subiu de US$ 2,2 bi para US$ 6,9 bi. As despesas operacionais somaram US$ 765 mi, uma queda de 8% entre 2T22 e 3T22.

Em termos de vendas, o minério de ferro foi responsável por US$ 65,3 bi, cobre por US$ 71 bi e níquel por US$ 44 bi. 

“Enquanto o mundo enfrenta crescentes pressões inflacionárias, continuamos focados na disciplina de custos e na melhoria da confiabilidade operacional”, disse Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale. “Estamos cumprindo com os nossos compromissos para uma companhia mais segura e confiável”. 

Ele acrescentou: “Nosso desempenho operacional no trimestre foi sólido em todo o nosso portfólio, com a produção de minério de ferro atingindo 90Mt e os volumes de níquel e cobre aumentando consideravelmente. Em Sudbury, nossa produção de níquel atingiu o maior nível em um trimestre desde o 1T21.”

Bartolomeo conclui: “Também avançamos no aumento do fornecimento do nosso níquel de baixo carbono e outros minerais essenciais para a transição energética. Entregamos com sucesso a primeira fase do Projeto Copper Cliff Complex South Mine, que quase dobrará a produção na Mina de Copper Cliff. Ao cumprirmos o compromisso de descaracterizar 5 barragens este ano, alcançamos um marco importante em segurança, totalizando 12 estruturas até o momento, 40% do nosso programa. Estamos cumprindo com os nossos compromissos para uma companhia mais segura e confiável.”

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Ações da Vale caem 3,5%

Nesta quinta, as ações da Vale terminaram o dia com uma baixa de 3,56%, cotadas a R$ 70,91. Isso fez com que a companhia ficasse entre as maiores perdas do dia. A ADR da Vale cedia 1,35% no after hours em Nova York, para US$ 13,19, depois da divulgação do balanço.

Wesley Santana

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