Vale (VALE3): após dados de produção, vale a pena investir?

A Vale (VALE3) divulgou nesta terça-feira (22) os dados de produção do segundo trimestre de 2025. O relatório mostrou crescimento na produção de minério de ferro, cobre e níquel, além de ajustes no portfólio, como a redução de pelotas e foco em produtos de teor médio.

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No segundo trimestre, a produção de minério de ferro da Vale somou 83,6 milhões de toneladas, crescimento de 4% em relação ao mesmo período de 2024

Algumas das principais casas de análise do mercado já publicaram relatórios com avaliações dos números, antecipando as perspectivas para os resultados trimestrais da companhia. O balanço da Vale será divulgado em 31 de julho, após o fechamento do mercado.

O que os dados de produção da Vale mostraram?

De acordo com o relatório de produção da Vale, o aumento da produção de minério de ferro foi impulsionado pelo avanço nas plantas de Brucutu e S11D. A companhia destacou ainda que as vendas de minério de ferro recuaram 3% na base anual, totalizando 77,3 milhões de toneladas.

Segundo o Itaú BBA, a diferença entre produção e vendas ocorreu por conta de “formação de estoques” e ajustes logísticos. Houve também mudança na composição: os embarques de pelotas recuaram 16% no comparativo anual, refletindo a estratégia da empresa de priorizar produtos de teor médio.

De acordo com um relatório divulgado pelo BTG Pactual, a queda de 3% nos embarques de minério de ferro reforçam “o foco da Vale na otimização de portfólio”. O banco destacou ainda que os embarques totais ficaram 2% acima da estimativa da casa, apesar da queda no volume de pelotas.

Em metais básicos, a produção de cobre subiu 18%, para 92,6 mil toneladas, com destaque para os ativos do Brasil e do Canadá. As vendas chegaram a 89 mil toneladas, com preço médio realizado de US$ 8.985 por tonelada. A produção de níquel totalizou 40,3 mil toneladas, alta de 44% na base anual. As vendas atingiram 41,4 mil toneladas, com preço médio de US$ 15.800 por tonelada.

“O trimestre foi marcado pela formação de estoques e foco contínuo em uma estratégia comercial centrada em produtos de teor médio na China”, avalia o Itaú BBA. A casa também observou que o prêmio de qualidade all-in caiu de US$ 1,8 por tonelada no primeiro trimestre para US$ 1,1 por tonelada no segundo trimestre.

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Vale a pena investir em VALE3?

O BTG manteve recomendação neutra para as ADRs da mineradora, com preço-alvo de US$ 11,00 para 12 meses. O preço atual dos papéis negociados no mercado norte-americano está na casa dos US$ 10.

Os analistas da casa destacaram que “os fundamentos do minério de ferro permanecem pressionados” e que o desempenho dos ativos da Vale está cada vez mais condicionado ao cenário macroeconômico da China, o que reforça a recomendação neutra.

O Itaú BBA também reiterou visão neutra sobre as ações da Vale. A instituição estabeleceu preço-alvo de US$ 13,00 para o fim de 2025, o que representa um potencial de valorização de cerca de 25,4% em relação à cotação atual das ADRs.

Vale destacar que esta matéria não representa uma recomendação de compra ou venda das ações da Vale (VALE3).

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Giovanna Oliveira

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