Vale (VALE3) surpreendeu positivamente no 2T25? Veja o que os analistas dizem

A Vale (VALE3) divulgou ontem, após o fechamento do pregão, o balanço de resultados do segundo trimestre de 2025. Nesta sexta-feira (1), o mercado reagiu de forma positiva, com as ações da Vale subindo mais de 2% no início da tarde, mesmo diante da queda do Ibovespa.

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As principais casas de análise avaliaram de forma positiva os resultados da Vale, destacando avanços operacionais, redução de custos e bom desempenho no segmento de metais básicos. Algumas instituições também atualizaram projeções e reforçaram suas recomendações para as ações VALE3.

Resultados da Vale foram positivos?

No segundo trimestre deste ano, a mineradora reportou uma receita líquida de US$ 8,8 bilhões, queda de 11% em relação ao mesmo período de 2024, mas com avanço de 9% sobre o primeiro trimestre deste ano. O lucro líquido somou US$ 2,1 bilhões, recuo de 23,5% na comparação anual, enquanto o EBITDA ajustado totalizou US$ 3,4 bilhões. A empresa também apresentou fluxo de caixa livre de US$ 1 bilhão, um aumento expressivo de mais de 400% frente ao 2T24.

Segundo o BB Investimentos, o desempenho refletiu “evolução operacional consistente apresentada pela companhia, apoiada principalmente nos avanços em produção e redução de custos”.

Apesar da queda de 16% na receita líquida do segmento de minerais ferrosos, a Vale manteve trajetória de redução do custo caixa C1, que ficou em US$ 22,2/t, e reafirmou o guidance para 2025. O segmento de metais para transição energética foi o destaque positivo, com EBITDA ajustado de US$ 721 milhões, alta de 77% a/a, beneficiado por menores custos de cobre e níquel.

O Itaú BBA classificou o resultado como “levemente positivo”, com EBITDA proforma de US$ 3,4 bilhões, 7% acima das estimativas. A surpresa veio principalmente do segmento de níquel, que apresentou desempenho melhor que o previsto. O banco também destacou a forte geração de caixa livre, de US$ 1 bilhão, e a queda da dívida líquida expandida para US$ 17,5 bilhões.

Já o BTG Pactual ressaltou que o EBITDA ficou 10% acima de suas projeções e 7% acima do consenso, impulsionado pelo desempenho dos metais básicos e por custos do minério de ferro em linha com o guidance. O banco destacou que a reversão de um impairment de US$ 76 milhões no níquel também contribuiu para o resultado.

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Vale a pena investir em VALE3?

O BB Investimentos manteve recomendação de compra para VALE3, com preço-alvo de R$ 65,00. “A evolução operacional consistente apresentada pela companhia no 2T25 reforça nossa perspectiva de resultados perenes nos próximos trimestres”, destacou a casa.

O Itaú BBA reiterou recomendação Outperform (equivalente à compra) para o ADR de Vale, com preço-alvo de US$ 13, e explicou que a combinação de melhoria operacional e recuperação nos preços do minério pode sustentar a valorização das ações.

Já o BTG Pactual manteve recomendação neutra para o ADR, com preço-alvo de US$ 11. Segundo a casa, embora o trimestre tenha surpreendido positivamente, “as perspectivas para o fluxo de caixa permanecem limitadas caso o preço do minério recue”.

Esta matéria não indica uma representação de compra ou venda das ações da Vale (VALE3).

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Giovanna Oliveira

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