Vale (VALE3): ações fecham em alta no Ibovespa nesta segunda; saiba por quê

As ações da Vale (VALE3) fecharam em alta nesta segunda-feira (4) no Ibovespa, com o mercado reagindo positivamente às medidas recentes da China para apoiar o setor imobiliário, com grandes cidades relaxando restrições e políticas para a compra de residências.

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No fechamento, as ações ordinárias da Vale subiram 0,74%, cotadas a R$ 69,60.

Cotação VALE3

Gráfico gerado em: 04/09/2023
1 Dia

“Finalmente foi anunciado nesse fim de semana um pacote de estímulo na China em relação ao setor imobiliário, que flexibilizou a política de hipotecas nas quatro principais cidades do país, trazendo finalmente um alivio para o setor imobiliário, que vinha sendo pressionado demais”, disse Fábio Lemos, sócio da Fatorial Investimentos.

Os investidores também aprovaram a notícia de que a incorporadora chinesa Country Garden conseguiu estender o vencimento de um bônus, evitando um default e levando inclusive as Bolsas de Xangai, Seul e Tóquio a terminarem nas máximas do dia.

“Até mesmo a Incorporadora Contry Garden, que vinha amargando fortes quedas, operou em alta nessa madrugada após o anúncio. Vale ressaltar que o setor imobiliário é responsável por cerca de 35% do aço produzido e, por isso, essa medida de flexibilização era tão esperada”, acrescentou Lemos.

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Samarco, da Vale (VALE3), tem recuperação judicial homologada

A Justiça homologou na última quinta-feira (31) o plano de Recuperação Judicial da Samarco apresentado em julho. A companhia que tem a Vale (VALE3) como acionista – com 50%, ante outros 50% detidos pela BHP, é sócia na joint venture.

A Samarco entrou com seu pedido de recuperação judicial em meados de abril de 2021. O pedido foi aceito ainda no mesmo mês pela 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte.

Em sua decisão judicial, o juiz Adilon Cláver de Resende dispensou a realização de assembleia geral de credores para que o plano possa ser aprovado.

Isso levando em consideração que o plano teve participação dos credores em sua elaboração.

O plano foi praticamente aprovado totalmente, mas o juiz anulou uma cláusula em específico, que limitava o valor que a Samarco destinaria à Fundação Renova – que faz reparos aos atingidos na tragédia ambiental de Mariana (MG).

O ‘teto’ estipulado no plano era de US$ 1 bilhão.

Dentro do plano de recuperação judicial da Samarco, a companhia prevê que créditos trabalhistas preferenciais – que inclui os derivados da legislação do trabalho limitados a R$ 1,5 milhão decorrentes de acidentes – serão sempre pagos em parcela única.

A Samarco também terá de pagar seus créditos financeiros aos credores sempre em sua integralidade, juntamente com juros simples de 3% ao ano.

Os créditos de até R$ 85 mil serão pagos em uma única parcela, e os mais altos, em duas.

Quando a Samarco sairá da recuperação judicial?

A estimativa é de que, por se tratar de uma recuperação judicial “de alta complexidade”, a empresa que tem a Vale como acionista siga nesse status por ao menos dois anos, conforme decisão judicial. Haverá penalização no caso de descumprimento de algum dos pontos do plano. O prazo ainda pode sofrer ajustes se, no futuro, for conveniente e as partes envolvidas aprovarem a extensão.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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