Vale já assinou 500 acordos de indenização por Brumadinho; tragédia trará despesa de US$ 1,1 bi

Na última quarta-feira (3), a mineradora Vale (VALE3; VALE4) atualizou as projeções sobre os resultados para este ano. Dentro dessa divulgação, estão presentes os dados sobre os efeitos da tragédia de Brumadinho.

Segundo a Vale, o desastre ocorrido em 25 de janeiro, vitimando 250 pessoas e deixando 20 desaparecidos, fez com que a companhia já tenha fechado 500 acordos de indenização, em grupo ou individuais. Outros 460 acordos relacionados a indenizações trabalhistas também já estão acertados. Ao todo 2.400 pessoas serão contempladas pelos pagamentos da empresa.

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Apenas nos primeiros 500 acordos, a Vale já pagou R$ 172 milhões. Segundo a companhia, em 2019, a serão desembolsados entre US$ 900 milhões e US$ 1,15 bilhão com os efeitos de Brumadinho, montante que deve subir para US$ 1,5 bilhão a US$ 2,1 bilhões em 2020.

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Já em 2021, os valores reportados deve ser de US$ 1 bilhão a U$ 1,5 bilhão. No ano seguinte, entre US$ 200 milhões e US$ 500 milhões.

Indicadores operacionais da Vale

Nos indicadores operacionais, a companhia previu que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deverá ficar entre US$ 10,8 bilhões e US$ 12,9 bilhões em 2019.

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Analistas da área disseram que o montante já desconsidera os US$ 6 bilhões já previstos pela companhia para Brumadinho, e que a Vale está sendo “conservadora”.

Em 2018, a Vale apresentou um Ebitda ajustado de US$ 16,5 bilhões. Em 2017, foram US$ 15,3 bilhões.

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A mineradora, em apresentação a analistas na sede da empresa, afirmou que deve retomar 30 milhões de toneladas de produção de minério de ferro em 2020, e 25 milhões de toneladas em 2021.

Portanto, a retomada da produção da Vale, em dois anos, será de 60 milhões de toneladas, levando em consideração um volume de 5 milhões de toneladas adicionais no segundo semestre deste ano.

Jader Lazarini

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