Usiminas (USIM5) sobe mais de 6%, com alta do minério e revisão de recomendação
A Usiminas (USIM5) está entre as principais altas do Ibovespa nesta segunda-feira (29). As ações preferenciais da siderúrgica chegaram a encostar em 6% de alta, valendo R$ 13,79 na máxima.
Perto das 14h30, a Usiminas disparava 6,35%, com as ações USIM5 valendo R$ 13,46.
Parte dos ganhos são explicados pela alta do minério de ferro em Cingapura. A commodity chegou a subir quase 10%, fechando com +6,83% em Qingdao, na China, cotado a US$ 103,27 a tonelada.
De acordo com Daniel Xavier, coordenador do departamento econômico do Banco ABC Brasil, a alta vai de encontro ao otimismo do mercado com a reestocagem da commodity pelas siderúrgicas chinesas.
“Os preços retomaram as perdas de sexta-feira (26), juntamente com uma recuperação das commodities, com as apostas de que o impacto de uma nova variante do coronavírus pode não ser tão grave quanto o inicialmente temido”, diz Xavier.
Ele também acrescenta que o minério de ferro está se beneficiando dos sinais de que a pressão sobre a produção de aço da China está diminuindo.
Considerando que a Usiminas é a maior produtora de aços planos da América Latina, os papéis da empresa se valorizavam nesta segundo acompanhando o otimismo do mercado.
Avaliação positiva do mercado e ação barata
No mais, a Usiminas recebeu avaliações positivas do mercado. O Itaú BBA elevou a recomendação da siderúrgica de neutra para outperform (acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 20.
Já o BTG Pactual reiterou sua recomendação de compra para as ações da Usiminas, com o preço-alvo de R$ 24,0.
As revisões acontecem após o encontro virtual Apimec (dia do investidor), promovido pela administração da Usiminas, na sexta-feira, dia 26.
O BTG destaca ainda que acredita que o preço das ações da Usiminas desconta um cenário altamente pessimista para 2022. “Mesmo em nossas estimativas conservadoras, vemos as ações negociando abaixo de 2x o valor de mercado/Ebitda 22″, diz relatório.
Nos últimos 12 meses, as ações da Usiminas acumulam alta de 5,5%, sendo negociadas a R$ 22,95 na máxima e a R$ 11,85 na mínima, para os papéis preferenciais.
