Usiminas (USIM5) tem lucro recorde no 2T21 com maior volume de vendas de aço desde 2014

A siderúrgica reverteu o prejuízo de segundo trimestre de 2020, fechando o 2º tri deste ano com lucro de R$ 4,543 bilhões.

A Usiminas (USIM5) apresentou lucro e receita recordes neste segundo trimestre, após vender maior volume de aço desde 2014. As informações constam em seu balanço trimestral, divulgado na manhã desta sexta-feira (30).

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O lucro líquido da Usiminas ficou em R$ 4,543 bilhões entre abril, maio e junho de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 395 milhões do mesmo período de 2020. Em relação ao primeiro trimestre deste ano (R$ 1,205 bilhão), o lucro aumentou 277%.

De acordo com a empresa, tal valor de lucro só foi possível graças ao resultado operacional de vendas de aço. Além disso, a siderúrgica destaca o “reconhecimento de créditos fiscais e ganhos cambiais líquidos no trimestre, ante perdas cambiais no 1T21”.

Em relação à receita líquida, que também foi recorde trimestral, ficou em R$ 9,596 bilhões no período, valor 296% maior do que o do segundo trimestre de 2020, quando a receita fechou em R$ 2,425 bilhões. Na comparação com o trimestre passado (R$ 7,066 bilhões), a receita de agora cresceu 36%.

Já o ganho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) teve recorde em todas as unidades de negócios, de acordo com a Usiminas. O valor consolidado ajustado deste trimestre somou R$ 5,066 bilhões.

Há um ano, o Ebitda da empresa de siderurgia ficou em R$ 192 milhões, fechando com um crescimento 26 vezes maior neste segundo trimestre. Em relação ao 1T21, o ganho foi de 109% frente aos R$ 2,420 bilhões do perído.

A dívida líquida encerrou o segundo trimestre em R$ 220,27 milhões, com uma relação dívida líquida/Ebitda de -0,02x.

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Vendas da Usiminas 

As vendas de aço da Usiminas no segundo trimestre de 2021 apresentaram o maior volume desde o terceiro trimestre de 2014. Entre abril, maio e junho a companhia de siderurgia vendeu 1,315 milhão de toneladas, valor 4,9% maior do que no primeiro trimestre de 2021 (1,254 milhão de toneladas).

Em relatório, a empresa atribuiu o crescimento de vendas às compras dos clientes industriais e grandes redes. Destrinchando as vendas do 2T21 ficam assim:

  • Mercado interno: 1,25 milhão de toneladas (+7,2% vs 1T21)
  • Exportações: 65 mil toneladas (-25,5% vs 1T21)

A Usiminas justifica a queda nas exportações com o foco em atender as demandas de clientes locais. “O volume de vendas foi 95% destinado ao mercado interno e 5% às exportações.”

Já em relação à mineração, o volume de vendas ficou em 2,1 milhões de toneladas no 2T21, valor 5,4% maior em relação ao 1T21. Neste caso, a Usiminas destaca o aumento das exportações.

“Destaque para o aumento no volume de exportação, que atingiu 1,7 milhão de toneladas no trimestre, com o embarque de 10 navios, ante 9 navios no trimestre anterior.”

A soma de vendas do minério de ferro para o mercado interno da Usiminas e terceiros ficou em 393 mil toneladas.

Expectativas para o 3T21 e 2021

Para o terceiro trimestre, a siderúrgica já soltou sua previsão de vendas de aço: 1,2 a 1,3 milhões de toneladas.

Outros indicadores tem estimativas para o final de 2021.

O volume de vendas de minério de ferro deve ficar em 9,0 milhões de toneladas ao final de 2021. A Usiminas prevê um investimento de R$ 250 milhões da Unidade de Mineração neste ano.

Já os investimentos totais CAPEX permanecem em R$ 1,5 bilhão, como previsto em fevereiro deste ano.

As despesas líquidas financeiras passaram de R$300 milhões previstos anteriormente para R$200 milhões agora.

Ao final do relatório, a siderúrgica destaca “as projeções divulgadas neste documento são meras previsões, não constituem promessa de desempenho e apenas refletem as expectativas atuais da administração em relação ao futuro da Usiminas“.

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Monique Lima

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