Ibovespa: Usiminas (USIM5) fica entre as maiores altas; BTG prevê mais valorização

Mesmo com o preço do minério de ferro apresentando queda nesta segunda-feira (24), a Usiminas (USIM5) ficou entre as maiores altas do índice, no mesmo dia em que o BTG Pactual (BPAC11) divulgou um relatório apostando em forte valorização da companhia. A empresa fechou com avanço de 2,39%, cotada a R$ 16,24.

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O banco de investimentos revisou suas estimativas para a empresa, levando em conta um aumento mais forte no preço do aço. “Agora são 25% acima do consenso e acreditamos que o mercado deve elevar gradualmente suas estimativas para 2022 nos próximos meses”, afirmou.

A tese dos analistas do banco é de que a Usiminas está sendo subestimada pelos investidores. Segundo eles, está sendo negociada com os menores múltiplos da década, em decorrência de problemas do passado, apesar de ser uma empresa “muito melhor” hoje.

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O relatório também veio com uma revisão no preço-alvo dos papéis da Usiminas até o final de 2022. O banco subiu de R$ 24 por ação para R$ 25. O preço-alvo representa uma valorização potencial de 56%, considerando a cotação da ação no momento de publicação do relatório (R$ 15,86). A recomendação é de compra.

O BTG estima que a Usiminas está sendo negociada a múltiplos baratos de 2,2x EV/EBITDA, gerando um fluxo de caixa livre do rendimento de 18% – negociando em múltiplos mínimos de uma década, que vê como injusto, já que “a Usiminas está muito mais saudável atualmente” e vem fazendo bons investimentos.

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“A empresa está operando com um dos melhores balanços patrimoniais do setor – o acúmulo líquido de caixa pode chegar a ~R$ 2,5 bilhões até 2022)”, afirma o banco. “Com um aumento substancial do preço do aço para 2022 praticamente garantido, acreditamos que há espaço para o mercado revisar os números para cima, na ordem de 20-30%. Nós acreditamos que a Usiminas pode entregar EBITDA de cerca de R$ 9 bilhões este ano, e acreditamos que este nível ainda não está precificado.”

Usiminas (USIM5): recorde na produção de minério em dezembro

Usiminas informou que sua controlada Mineração Usiminas ultrapassou a marca de 9 milhões de toneladas de produção de minério de ferro em 2021. Esse número, segundo a companhia, representa seu novo recorde histórico.

“O recorde de produção da Usiminas comprova a dimensão dos esforços que a Mineração Usiminas vem empreendendo para atender à crescente demanda da siderurgia por minério de ferro, tanto para o mercado nacional quanto para o mercado internacional”, comunica a empresa em fato relevante.

A companhia acrescenta: “Além disso, em linha com seu comprometimento com a pauta ESG e com as metas sustentáveis, a Mineração Usiminas diz que em 26/12/2021 encerrou o ciclo de uso de barragens para a disposição dos rejeitos gerados no processo de beneficiamento de minério de ferro, com a migração definitiva para o Dry Stacking, novo sistema de Disposição de Rejeitos Filtrados.”

Usiminas lucrou 10 vezes mais no 3TRI21 e citou produção recorde de minério de ferro

Usiminas teve lucro líquido de R$ 1,824 bilhão no terceiro trimestre de 2021, quase 10 vezes mais que o lucro de R$ 198 milhões registrado no mesmo período do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, quando a companhia lucrou R$ 4,543 bilhões, o número recuou 60%.

De acordo com balanço da Usiminas, divulgado na manhã desta sexta-feira (29), o forte avanço no lucro líquido em um ano se deu com o aumento no volume de vendas do aço bruto, que melhorou em 27%, saindo de 934 mil toneladas para 1,189 milhão de toneladas. Em relatório, a siderúrgica destaca que houve aumento nos preços praticados pelos produtos de siderurgia também.

Já na comparação ante o segundo trimestre, o resultado inferior é fruto da variação cambial baixa no período de julho a setembro em comparação com abril a junho, além do reconhecimento de créditos fiscais e ganhos cambiais líquidos registrados no 2T21.

Outro destaque do resultado da Usiminas no terceiro trimestre é a “dívida positiva”. Ao final de setembro, o Caixa e Equivalente de Caixa consolidado da empresa era superior à dívida bruta consolidada em R$ 1,2 bilhão, 450% maior na comparação com o final de junho (R$220 milhões).

Já o Caixa fechou em R$ 7,3 bilhões, 20% maior do que no trimestre passado.

De acordo com a companhia, o avanço é resultado da forte geração de Ebitda no período. A alavancagem financeira da Usiminas, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda (DL/Ebitda), ficou em -0,10 vez.

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Bruno Galvão

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