Uber demitirá mais 3000 colaboradores e fechará 45 escritórios

A Uber Technologies Inc. informou nesta segunda-feira (18) que irá demitir mais 3 mil colaboradores e fechará 45 escritórios para cortar custos, devido a crise provocada pela pandemia de coronavírus. Vale destacar que os motoristas, por não serem classificados como funcionários, não estão incluídos nas demissões. A informação foi divulgada pelo jornal “The Wall Street Journal”.

Os funcionários da Uber que trabalham nos Estados Unidos serão os mais afetados pelos cortes nos empregos, de acordo com fontes próximas ao assunto. A empresa anunciou, por exemplo, que fechará um de seus escritórios, no centro de São Francisco, que emprega 500 funcionários.

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As medidas de isolamento, por conta do coronavírus, impostas em diversos países em que a Uber atua, afetaram fortemente as operações dos serviços de “carona” da companhia. O principal negócio da empresa registrou uma queda de 80% em comparação ao mesmo mesmo período do ano anterior.

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Por outro lado, o serviço de entrega de alimentos da companhia, denominado Uber Eats, tem se destacado durante essa pandemia. Entretanto, não é o suficiente para cobrir os prejuízos das outras frentes. “O negócio hoje não chega perto de cobrir nossas despesas”, disse Dara.

“Estamos vendo alguns sinais de recuperação, mas ela sai de um buraco profundo, com visibilidade limitada de velocidade e forma”, afirmou Dara Khosrowshahi em nota aos funcionários.

Corte de 3700 empregos realizado pela Uber na última semana

Na última semana, a Uber havia anunciado o corte de empregos de aproximadamente 3700 colaboradores para diminuir seus custos, devido a crise decorrente da pandemia de coronavírus (Covid-19) que atingiu diretamente os negócios da companhia. Os cortes noticiados hoje são adicionais aos desse anúncio, segundo o WSJ.

A companhia, sediada em San Francisco, na Califórnia, terá que pagar cerca de US$ 20 milhões em indenizações com os cortes realizados,. A informação foi divulgada em um relatório enviado a Securities and Exchange Commission (SEC) pela Uber.

Juliano Passaro

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