Trump diz que dados do PIB norte-americano refletem governo Biden, não o dele
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a leitura de contração no Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano, assim como outros indicadores econômicos, refletem a administração do antecessor democrata, Joe Biden, e não a dele. “Eu era totalmente contra tudo o que Biden fazia na economia”, disse em reunião de gabinete.

Trump mencionou também que a China “está ruim e prejudicada”, mas não quer que a potência asiática se mantenha assim. “Gosto de Xi Jinping presidente chinês. Eu quero que a China se saia bem, quero que todos os países se saiam bem”, acrescentou.
O comentário do presidente dos EUA acontece horas após a publicação fraca do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial chinês.
Segundo o republicano, ele está conversando com representantes da China e espera um acordo para as tarifas. No entanto, Trump ressaltou que não quer produtos chineses, a menos que eles sejam justos. “Estou conversando com eles, justiça com a China inclui propriedade intelectual“, disse.
Trump rejeita legado
Trump voltou a rebater críticas sobre o desempenho do mercado acionário durante os primeiros meses de seu atual mandato, afirmando que a atual situação das bolsas é responsabilidade do governo anterior, de Joe Biden, não do seu. “Este é o mercado de ações de Biden, não de Trump. Eu só assumi em 20 de janeiro”, declarou.
Trump, em publicação na Truth Social, minimizou preocupações sobre o impacto de suas políticas tarifárias e garantiu que a economia americana experimentará um crescimento sem precedentes. “As tarifas logo começarão a surtir efeito, e empresas estão se mudando para os EUA em números recordes. Nosso país vai ‘explodir’, mas precisamos nos livrar do ‘peso’ deixado por Biden”, afirmou.
O republicano pontuou, no entanto, que a recuperação levará tempo. “Isso vai demorar um pouco, não tem nada a ver com tarifas, apenas que ele nos deixou números ruins. Mas quando o boom começar, será como nenhum outro. Tenham paciência!”, acrescentou.
Acordos tarifários
O representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), Jamieson Greer, afirmou na quarta-feira que os acordos tarifários do país com outras nações “ainda devem demorar algumas semanas”, embora já tenha “vários acordos no papel” prontos para fechar. A declaração foi feita durante a reunião do gabinete do presidente Donald Trump.
Trump acrescentou que os Estados Unidos estão “indo muito bem com as negociações comerciais. Greer terá muita diversão nas próximas semanas com as negociações”.
Segundo o presidente, mais importante que os acordos tarifários é “o grande e lindo projeto de lei em que trabalhamos”, que, segundo ele, deve reduzir significativamente os impostos pagos pelos contribuintes americanos. “Nosso país verá o maior corte de impostos da história. Será o maior aumento de impostos, no entanto, se os Democratas se saírem bem”, completou.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, endossou a importância do projeto, classificando-o como a iniciativa “mais importante” para o país no momento.
Ele também destacou, segundo sua avaliação, os avanços obtidos. “Trump criou poder de negociação e liderança. Os EUA estão prestes a se tornar uma superpotência em inteligência artificial (IA). A receita do IRS a Receita Federal dos EUA aumentou sob Trump”, afirmou. Em tom descontraído, o presidente reagiu: “Você tem ficado bem ocupado ultimamente, hein? Bessent está fazendo um ótimo trabalho”, concluiu.
Com Estadão Conteúdo