Trump atinge Huawei; China critica e diz que vai proteger suas empresas

Em mais um capítulo da guerra comercial entre Estados Unidos e China, Donald Trump golpeou a gigante chinesa Huawei. Isso porque o presidente americano decidiu na quarta-feira (15) que a empresa não pode comprar tecnologia americana sem permissão do governo.

A medida de Trump atinge a companhia que depende de componentes dos Estados Unidos em sua cadeia de produção. Além disso, Trump também incluiu a Huawei em sua “lista negra”. Assim, o magnata assinou um decreto que proíbe empresas americanas de comprarem equipamentos de telecomunicações feitos por companhias consideradas como “risco à segurança nacional”.

Desse modo, unidades de segurança dos EUA argumentaram que a Huawei e a ZTE são um risco à segurança nacional. Isso porque as empresas seriam “obrigadas a cumprir ordens do Partido Comunista”.

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China critica Trump

Por sua vez, a China criticou a decisão dos Estados Unidos em colocar a Huawei na “Lista de Entidades”. Do mesmo modo, o país asiático também foi contra o decreto que impede a compra de componentes americanos pela Huawei.

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“A China enfatizou muitas vezes que não se deve abusar do conceito de segurança nacional. Ele não deve ser usado como ferramenta para protecionismo comercial”, disse Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio chinês.

A China informou que Trump deveria evitar impactos negativos à negociação comercial entre os dois países. Entretanto, o asiático garantiu que tomará medidas para proteger suas empresas. “A China adotará todas as medidas necessárias para proteger os direitos legítimos das empresas chinesas”, informou Feng.

Trump acredita que a Huawei tem espionado cidadãos e empresas americanas. “Impedir a Huawei de fazer negócios nos Estados Unidos não vai fazer os Estados Unidos mais seguro ou mais forte”, afirmou a companhia chinesa. Além disso, a empresa ainda acrescentou que a medida fará os EUA ficarem para trás no desenvolvimento de sua rede 5G.

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Guerra comercial

As últimas movimentações dos países fazem parte da guerra comercial travada entre os gigantes econômicos. As duas potências tentam há tempos um acordo. Contudo, até agora, as negociações não tiveram resultado e os dois países passaram a investir comercialmente um contra o outro.

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No início de maio, Donald Trump anunciou o aumento de tarifas na importação de produtos chineses. Dessa forma, a taxa passou de 10% para 25% sobre cerca de US$ 200 bilhões em importações da China.

Por sua vez, a China retaliou. Desse modo, o país asiático também impôs taxas aos americanos e cerca de US$ 60 bilhões em produtos dos Estados Unidos devem ser taxados com impostos.

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Apesar disso, Trump e a China garantem que as negociações entre Washington e Pequim continuam. Entretanto, enquanto não se chega a um acordo, o embate reflete nos principais mercados acionários globais. Bolsas asiáticas, americanas e também a brasileira têm sofrido o impacto do conflito.

Beatriz Oliveira

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