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Tesla (TSLA34) compra US$ 1,5 bilhão em Bitcoin; cripto dispara 15% e bate máxima histórica

Piloto automático, segundo a Tesla, ainda exige atenção do condutor - Foto: Reprodução

Piloto automático, segundo a Tesla, ainda exige atenção do condutor - Foto: Reprodução

A Tesla (TSLA34) comprou US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 8,08 bilhões) em Bitcoin e, em sua nova política financeira, pretende passar a aceitar a criptomoeda como forma de pagamento. Com a notícia, a cotação da moeda digital disparou 15% e atingiu sua máxima histórica, acima de US$ 43 mil.

Em documento arquivado na U.S. Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador norte-americano, nesta segunda-feira (8), a empresa disse que “como parte da nova política, podemos investir uma parte desse dinheiro em certos ativos de reserva alternativos especificados”.

A companhia disse que pode adquirir mais criptomoedas ao longo do tempo, pensando no longo prazo. Ademais, “espera começar a aceitar Bitcoin como forma de pagamento pelos produtos em futuro próximo, sujeito às aplicações das leis e inicialmente com base restrita”.

A líder de veículos elétricos do mundo, no entanto, ressalta a alta volatilidade do ativo.”Acreditamos que bitcoin é altamente líquido. No entanto, os ativos digitais podem estar sujeitos a preços de mercado voláteis, que podem ser desfavoráveis no momento em que desejarmos ou precisarmos liquidá-los”, diz o documento.

Essa não é a primeira que o Bitcoin dispara após ser relacionado à Tesla nas últimas semanas. No dia 29 de janeiro, a criptomoeda subiu 20% após Elon Musk, fundador da montadora, adicionar #bitcoin em sua descrição pessoal no Twitter.

E não parou por aí: o excêntrico empresário chegou a dizer, em tradução livre que “em retrospecto, isso era inevitável”, talvez se referindo a criptomoeda. Agora, é possível que o mercado se pergunte se a empresa comprou os ativos antes ou depois das falas de seu fundador.

BCE alerta sobre riscos do Bitcoin

Gabriel Makhlouf, membro do Conselho Administrativo do Banco Central Europeu (BCE), disse no fim do mês passado à Bloomberg TV que investidores do Bitcoin devem estar preparados para “perder todo o dinheiro”.

Esse é o mais recente alerta envolvendo a moeda digital vinda de um dirigente de autoridade monetária, ao passo que os olhos dos reguladores internacionais continuam a crescer sobre as criptomoedas.

“Pessoalmente, não seu por que pessoas investem nesses tipos de ativos, mas elas os enxergam claramente como ativos”, disse Makhlouf à Bloomberg. “Nosso papel é ter certeza que investidores estão protegidos”.

O discurso do economista britânico reflete a visão de outros líderes do BCE. Há cerca de três semanas, a presidente da autoridade monetária europeia, Christine Lagarde, disse que o Bitcoin era “um ativo altamente especulativo, que conduziu alguns negócios engraçados e algumas atividades interessantes e totalmente repreensíveis de lavagem de dinheiro”.

Tesla lucra US$ 270 milhões no quarto trimestre

A Tesla divulgou, no fim de janeiro, seus resultados do quarto trimestre de 2020. A companhia teve um lucro líquido de US$ 270 milhões, crescimento de 157% na base anualizada.

A receita total da empresa fundada de Musk foi de US$ 10,74 bilhões, subindo 46% para ultrapassar pela primeira vez na história os dois dígitos, com uma margem operacional de 5,4%. Segundo a fabricante, os números são resultado tanto do aumento nas entregas quanto em outros segmentos do negócio.

Ao longo de todo o ano de 2020, a montadora entregou 499.550 veículos, pouco abaixo do guidance de meio milhão de automóveis para o ano passado. As vendas tiveram um avanço de 36% ante 2019, impulsionados em meio à pandemia, que levou a maioria das montadoras ao redor do mundo a reportar recuos nas entregas.

Por volta das 12h09 desta segunda, as ações da Tesla avançavam 2,39% na Nasdaq, a US$ 872,64, enquanto o Bitcoin subia 14,63%, negociado a US$ 43.765,0.

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