Tenda (TEND3) tem prejuízo no 2T22; XP explica o resultado fraco

Nesta sexta-feira (5) foram divulgados os resultados do segundo trimestre de 2022 da Tenda (TEND3). A XP definiu os resultados como fracos. O destaque positivo ficou com um preço mais alto por unidade vendida de R$ 176,6 mil (alta de 20% ano a ano e de 9% trimestre a trimestre).

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Na visão dos analistas da XP as despesas tiveram forte influência no lucro líquido da Tenda. “As despesas gerais e administrativas aumentaram (+29,3% A/A e +18,3% QoQ), impactadas por um aumento de lay-off, e as despesas com vendas atingiram 7,9% das vendas brutas (-0,7 p.p T/T), devido a menores níveis de lançamentos no trimestre. Como resultado, o prejuízo líquido foi de -R$ 114 milhões (-69,9% T/T), abaixo de nossas estimativas de -R$ 102 milhões”, destacaram.

Mesmo com esse resultado negativo, as ações da Tenda (TEND3) aceleraram 31,5% nesta sexta-feira (5), negociadas a R$ 5,92.

O que agradou o mercado foram outros indicadores do balanço da Tenda. A margem bruta de novas vendas, por exemplo, bateu 28,8%, 5,1 pontos percentuais acima do trimestre anterior, impulsionada por junho, com 30,6%, reforçando o foco da Tenda na recuperação de margens. Porém, a XP não acredita que o aumento de preços poderá afetar os resultados financeiros, de forma significativa, no curto prazo.

Já a receita líquida de R$ 627 milhões (-10,3% ano a ano e +7,8% trimestre a trimestre) foi de acordo com o esperado. “Acreditamos que a receita tenha sido impactada por reconhecimento de receita desacelerando com a redução do ritmo de evolução de obras; e vendas desacelerando por conta do ritmos mais fraco dos lançamentos”, apontou. A desaceleração de venda líquida também afetou o s repasses da Tenda (TEND3), atingindo 441 milhões (-37,7% ano a ano e -19% ano a ano).

O destaque negativo, no ponto de vista dos analistas, foi o nível de distratos da empresa. No segundo trimestre, o cancelamento de vendas aumentou para 23,4% das vendas brutas (+12,9 p.p. ano a ano e +3,7 p.p. trimestre a trimestre). A alavancagem atingiu 63,2% (+50,9 p.p. ano a ano e +12,9 p.p. trimestre a trimestre), impactada pela captação de dívida (SFH) de R$ 125 milhões.

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No ponto de vista operacional, a XP considerou a Tenda mais seletiva. “Do lado operacional, vemos a Tenda mais seletiva em termos de lançamentos e vendas para focar em rentabilidade vs. Crescimento”, comentou.

Devido a essa atitude mais seletiva, os lançamentos da empresa atingiram R$ 782,6 milhões (-21,9% ano a ano e +67,5% trimestre a trimestre) e as vendas líquidas foram de R$ 577,6 milhões (-33,0% ano a ano e -3,3% trimestre a trimestre). Já a velocidade de vendas (VSO), de 23,2%,-11 p.p. ano a ano e -3,3 p.p trimestre a trimestre, foi classificada como razoável.

A queima de caixa operacional da Tenda também apresentou redução, passando de R$ 240,6 milhões, no primeiro trimestre, para R$ 26,4 milhões. Para a XP, esse valor é resultado de uma melhor eficiência na gestão de terrenos e prorrogação dos prazos de pagamento de fornecedores.

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Redação Suno Notícias

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