TC (TRAD3) oferece R$ 500 mil por ‘denunciante de boa fé’ sobre vídeo com ataques à empresa

O TC (TRAD3) – também conhecido como TradersClub – comunicou ao mercado que está oferecendo R$ 500 mil para um ‘denunciante de boa fé’ que entregue provas lícitas sobre a produção do vídeo que deu início ao imbróglio da companhia com a concorrente, a Empiricus.

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“Foi aprovado programa de recompensa para denunciante de boa-fé que entregar provas lícitas que, em conjunto com os indícios já existentes, contribuam para a identificação definitiva da autoria do referido vídeo”, diz o comunicado do TC.

A companhia está recebendo as denúncias por canais oficiais após algumas semanas em que um dos executivos – o CEO, Pedro Albuquerque –  fez uma transmissão ao vivo mostrando indícios da autoria do vídeo.

Na ocasião, o acusado foi Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus, casa de análise que já havia protagonizado um conflito com o TC em meses passados – à época, por conta de uma recomendação de venda dos papéis TRAD3.

Os problemas com o vídeo começaram em junho, quando um colunista divulgou que o TC estava sob investigação por uma suposta manipulação de cotação de ações pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela BSM, ambas entidades de autorregulação dos mercados de capitais.

Após a notícias, as ações caíram mais de 22% em um só pregão.

O TC, à época, alegou “que não procede a notícia veiculada pelo jornal”.

“A companhia não recebeu qualquer notificação pelos respectivos órgãos e tão pouco foi contatada previamente pelo autor para confirmações e/ou respostas por parte do TC”, diz o comunicado da companhia.

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Procurada pela reportagem, a CVM  alegou que “acompanha e analisa informações e movimentações no âmbito do mercado de valores mobiliários brasileiro, tomando as medidas cabíveis, sempre que necessário”, e citou que não comenta casos específicos.

A BSM comunicou que “Após busca no nosso sistema, não foi localizado nenhuma manifestação referente ao TC”.

Entenda o imbróglio do vídeo do TC

Em meio às notícias que saíram na imprensa, ainda em junho, circulava um vídeo de autoria desconhecida com uma atriz fantasiada de palhaça apontando supostas inconsistências e irregularidades na gestão da companhia, incluindo spoofing.

A gravação da peça publicitária, inclusive, fala sobre a investigação por parte da CVM.

O vídeo diz que “tem muita coisa ainda por vir” e também cita 17 supostos casos de assédio e pergunta se é verdade que houve um estupro coletivo de uma ex-colaboradora dentro da sede da empresa.

“Um material gravíssimo, no qual é dito que os principais sócios da Empiricus organizaram, estavam combinando, a divulgação do segundo vídeo, inclusive com uma mesa de operações, que acreditamos que seja a Vitreo, empresa da Empiricus que está com uma aposta massiva contra a nossa empresa, organizando a divulgação e como eles iriam auferir os lucros”, disse Albuquerque à Folha de São Paulo, à época da coletiva.

Nesse contexto, o TC nega as acusações e alega um interesse próprio da Empiricus, dado que os dados da Economatica mostram que fundos da corretora Vitreo lideravam as posições short em ações TRAD3.

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Eduardo Vargas

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