Taurus (TASA4) não tem medo da concorrência internacional, diz CEO

Para o CEO da Taurus (TASA3; TASA4), Salesio Nuhs, a isenção da alíquota de importação sobre pistolas e revólveres, decidida nesta quarta-feira (9) pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) não vai afetar o resultado da empresa.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-1.png

“A Taurus não tem medo da concorrência internacional. Somos a empresa mais eficiente do mercado mundial. Ninguém vai ter o melhor preço”, explicou Nuhs em entrevista exclusiva ao SUNO Notícias.

A resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex) foi publicada nesta quarta-feira (9) no Diário Oficial da União e entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2021.

Suno One: Assinatura Gratuita para Investidores

Segundo o CEO da fabricante gaúcha de armas, a decisão de zerar as alíquotas de importação não vai afetar a empresa pois o mercado brasileiro representa apenas 15% do faturamento total, enquanto o resto do mundo já está em 85%. Um processo de internacionalização do faturamento que continua aumentando.

Além disso, segundo Nuhs, a Taurus é a empresa com a maior margem Ebitda do mundo no setor de fabricante de armas, cerca de 31 vezes.

Para o executivo, as empresas estrangeiras vão chegar ao Brasil pois “é um mercado muito promissor, em desenvolvimento”, mas enfrentarão dificuldades, pois “não é um mercado tão simples assim”.

“As armas estrangerias também não vão chegar no dia 2 de janeiro. Isso pois demora cerca de 10 meses para que um fabricante de armas obtenha uma licença de importação”, explicou Nuhs.

Para ele, os brasileiros vão continuar comprando armas, escolhendo cada vez mais pela relação qualidade-preço. “E nesse âmbito, a Taurus é a primeira do mundo”, salientou o executivo.

Taurus vai focar em investimentos no exterior

Todavia, segundo Nuhs, a decisão de zerar as alíquotas de importação “prejudica o Brasil e os brasileiros”.

“As armas no Brasil são tributadas em 73%. Comprando armas importadas do exterior, os cofres públicos perdem esse fluxo de recursos, e toda a sociedade acaba sendo prejudicada”, explicou o CEO da Taurus.

Além disso, a empresa divulgou nesta quarta um fato relevante salientando como a decisão da Camex fará com que a sejam priorizados os investimentos nos exterior, e não no Brasil.

A fabricante salientou que é uma multinacional com fábrica nos EUA e uma futura operação na Índia, o que dá à companhia as mesmas vantagens da resolução da Camex.

“O governo deveria tratar de incentivar outras fabricantes de armas a investir no Brasil, ao invés de tomar decisões que prejudicam o País como um todo”, concluiu o CEO da Taurus.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

Carlo Cauti

Compartilhe sua opinião