Taesa (TAEE11) tem queda de mais de 40% no lucro líquido do 4T21; Veja

A Taesa (TAEE11) registrou lucro líquido consolidado de R$ 423,1 milhões no quarto trimestre de 2021. Esse valor é equivalente a queda de 43,6% na comparação com o mesmo período em 2020.

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Por sua vez, o lucro líquido da Taesa em 2021 foi de R$ 2,21 bilhões, queda de 2,2%, em relação ao ano de 2020, quando havia registrado R$ 2,26 bilhões. Segundo a transmissora de energia, o resultado seu deu pelos seguintes motivos:

  • Menores investimentos nos empreendimentos em construção com impacto negativo na margem de implementação de infraestrutura;
  • IGP-M menor registrado entre os períodos comparados, que afetou negativamente a receita de correção monetária e a equivalência patrimonial;
  • Aumento das despesas financeiras líquidas resultado do aumento do CDI e do IPCA e do maior volume de dívida líquida entre os períodos comparados.

A receita líquida da Taesa totalizou R$ 550,9 milhões, aumento de 43,8% no quarto trimestre. Já em 2021, a receita somou R$ 1,8 bilhões, ante R$ 1,5 bilhão registrado no ano anterior.

A receita é explicada pelo reajuste inflacionário do novo ciclo da Receita Anual Permitida (RAP) e entrada em operação de Janaúba.

Em 13 de julho de 2021, a ANEEL publicou a Resolução Homologatória  que estabeleceu as RAPs das concessões de transmissão para o ciclo 2021-2022, passando a valer a partir de 1.º de julho de 2021 até 30 de junho de 2022, afetando portanto o resultado da Taesa somente a partir do terceiro trimestre de 2021. As concessões ajustadas pelo IGP-M (Categoria II) sofreram um reajuste inflacionário de 37,04%, e as concessões ajustadas pelo IPCA (Categoria III) sofreram um reajuste inflacionário de 8,06%

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O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 447 milhões, ante R$ 286,9 milhões, avanço de 55,8% no quarto trimestre. Por sua vez, no ano passado, o Ebitda totalizou R$ 1,5 bilhão, aumento de 22,8%.

A dívida líquida da Taesa passou de R$ 6,2 bilhões em 2020 para R$ 8 bilhões no ano passado.

A relação da dívida líquida/Ebtida, consolidando proporcionalmente as empresas controladas em conjunto e coligadas, ficou em 4,2x.

Após resultado, ação dispara e analistas comentam

Após a divulgação do resultado, a ação da Taesa disparava 1,66%, negociada a R$ 37,97. Na análise do mercado, os resultados da Taesa foram em linha com o esperado. O Ebtida surpreendeu, ficando acima do consenso de R$ 311 milhões.

“EBITDA acima do consenso do mercado, em linha com nossas expectativas. Bem como a já mencionada alta do IGPM, que reajusta cerca de 70% da receita da empresa e, fechando 2021 com alta de 37,04%, vem contribuindo positivamente para o resultado da empresa nos últimos trimestres”, informou o relatório da Genial Investimentos.

Na análise da XP, os resultados reportados também foram positivos.

“O desempenho de 2021 foi impressionante na comparação anual, principalmente devido aos reajustes inflacionários da RAP e a entrada em operação da Janaúba”, informou o relatório da XP.

Mas apesar dos números bons, a recomendação da Genial para a Taesa é de venda, com preço alvo de R$ 36,00.

“Mantemos recomendação de vender para as ações da empresa. Apesar dos bons resultados e da qualidade operacional da empresa, continuamos acreditando que a Taesa já é um case bem precificado, sem upside em relação ao nosso preço alvo.”

Por sua vez, a XP tem recomendação neutra para as ações da Taesa, com o preço-alvo de R$ 39 por unit.

“Embora tenhamos uma visão positiva da estabilidade do segmento de transmissão, com base em uma estrutura de receita fixa, vemos as ações como devidamente precificadas.”

Última cotação da Taesa

Na última sessão, quinta-feira (18), a Taesa encerrou o pregão em queda de 0,11%, negociada a R$ 37,36.

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Poliana Santos

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