Mercado Livre (MELI34): Supermercado foi categoria de destaque na Black Friday

Na Black Friday, o Mercado Livre (MELI34) observou que a categoria de supermercados cresceu 540% em volume e 310% em valor bruto de mercadoria (GVM). A alta da inflação minou a perspectiva de ter desconto, e o resultado foi uma maior oferta de produtos de mercearia e hipermercado.

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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o líder da operação do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes, disse que a alta dos preços deixou os itens mais caros em segundo plano, e muitos consumidores adiaram os planos de compra de celular para comprar itens básicos da casa.

“As famílias com o poder aquisitivo pressionado queriam trocar de celular e resolveram segurar mais um pouco. Decidiram pegar promoções de itens de gasto recorrente, como papel higiênico, alimentos em bastante volume, produtos de cozinha, de limpeza, comida de pet”, afirmou Yunes.

Conforme o líder da operação, dos dez mais vendidos, oito foram itens de supermercado, como: leite condensado, bebidas, cerveja, achocolatado, cápsula de café.

Além disso, a percepção do mercado é que essa Black Friday, devido a alta da inflação e os problemas de suprimento de peças da indústria de tecnologia, não teve grandes descontos. Mas Yunes disse que a indústria e as varejistas se esforçaram para oferecer descontos ao consumidor final.

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“Quando o preço sobe 20% e, na promoção da Black Friday, o desconto é de 20%, o consumidor final —que não está preocupado com os custos, com a matéria-prima e com o dólar— pensa que é o mesmo preço de um tempo atrás”.

Para o natal, a perspectiva do Mercado Livre é permanecer investindo “forte” nessa categoria, apesar de ser uma data marcada por presentes como roupas.

Sem grandes descontos, Black Friday fatura R$ 5,4 bilhões

A Black Friday 2021 foi concluída com um faturamento total de R$ 5,4 bilhões, crescimento de 5,8% na comparação com o resultado do ano passado, de acordo com o levantamento realizado pela Neotrust. A pesquisa contabiliza desde o primeiro minuto de quinta-feira (25) até o último de sexta-feira (26).

Já em termos de volume de reclamações chegou a 9.690, ultrapassando a quantidade da edição anterior em 19%. Segundo o Reclame Aqui, a Black Friday 2021 foi resumida a consumidores com poucas reservas de dinheiro, afetados diretamente pela inflação, e varejistas sem espaço para promoções.

No ranking de empresas mais reclamadas na Black Friday, a Americanas (AMER3) lidera o primeiro lugar seguido da Amazon e o Magazine Luiza (MGLU3). O Mercado Livre ocupa o sétimo lugar.

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Poliana Santos

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