BTG rebaixa recomendação da Stone: “Recuperar confiança leva tempo”

O BTG Pactual (BPAC11) rebaixou a recomendação para ações da Stone de compra para neutro e cortou o preço-alvo dos papéis listados em Nova York de US$ 66,0 para US$ 22 nos próximos 12 meses.

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Em meio à crise, as ações da Stone intensificaram o ritmo de queda na Nasdaq, saindo de US$ 31,72 no dia 16 de novembro para US$ 16,34 no fechamento de sexta-feira (26).

O recuou aumentou quando a empresa de meios de pagamento brasileira interrompeu suas concessões de crédito após um salto na inadimplência no meio deste ano. Desde então, a Stone não não consegue esclarecer com precisão quando vai voltar a emprestar dinheiro.

“Em resumo, a Stone fez más escolhas e teve também um tanto de azar. Infelizmente esta é a situação”, diz relatório do BTG.

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Os analistas avaliam que, sem a linha de crédito, a Stone não só se tornou menos lucrativa como apresentou resultados inferiores ao apresentado pela antiga Stone, que trabalhava só com adquirência.

As margens líquidas são agora estruturalmente menores após a integração do Linx, com o software representando agora 25% do total receitas. Os analistas ainda esperam piora do cenário.

“[Com] todos os investimentos em novas iniciativas, o preço mais baixo (antecipando os benefícios de receitas de crédito que não existem mais) e despesas financeiras muito maiores tornará a recuperação ainda mais dolorosa (e mais longa)”, diz relatório do BTG.

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Stone perdeu o benefício da dúvida

“Recuperar a confiança leva tempo; nós acreditamos que a recuperação é possível, mas preferimos aguardar mais sinais antes de conceder o benefício da dúvida novamente”, escrevem os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel.

Entretanto, eles ainda acreditam que a empresa pode se recuperar e afirmam que o fundador da Stone, André Street, e a equipe tem trabalhado para melhorar o cenário da companhia. Mas, para os próximos 12 meses, os analistas preveem que a performance das ações e da empresa devem continuar turbulentos.

Nos últimos 12 meses, as ações da Stone na Nasdaq caíram quase 80%, saindo de uma cotação de US$ 74,03 em dezembro de 2020 para US$ 16,34 no último fechamento.

Nesta segunda, os papéis da Stone na bolsa de Nova York apresentam alta, subindo 1,65% às 15:19, no horário de Brasília, valendo US$ 16,61.

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Monique Lima

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