Stone é processada por fraude nos Estados Unidos, diz revista

A Stone (STNE), empresa brasileira de adquirência e serviços financeiros e de software, está sendo alvo de uma ação coletiva nos Estados Unidos por fraude, segundo informou a revista Veja nessa terça-feira (23).

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O processo contra a Stone foi aberto pelo investidor Ronald Ray, por meio do escritório Bragar Eagel & Squire. A ação busca uma indenização pelo tombo das ações da Stone, após a companhia reportar em seu balanço trimestral — divulgado na última semana — problemas com operações de crédito.

Logo após divulgar seu resultado do terceiro trimestre, as ações da companhia negociadas na Nasdaq caíram mais de 30%. Nos últimos seis meses, a queda passa de 70%.

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A revista explica que o processo acusa os diretores da empresa brasileira de não terem comunicado corretamente sobre problemas que a Stone teve com a implementação do seu  produto de crédito. A ação coletiva aponta ainda os riscos que a companhia correu por causa do PAX Global Technology, seu fornecedor que está sendo investigado pelo FBI.

A ação movida aponta que “as declarações positivas dos réus sobre os negócios, operações e perspectivas da Empresa eram materialmente enganosas e/ou careciam de uma base razoável.”

Stone: lucro cai 54% no 3T21, com reestruturação de produtos de crédito e alta da Selic

A Stone anotou lucro líquido ajustado de R$ 132,7 milhões neste terceiro trimestre, o que equivale a uma queda de 54% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.

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A reestruturação dos produtos de crédito da companhia e a alta da taxa Selic explicam os resultados. No trimestre, a Stone teve resultado negativo de R$ 1,341 bilhão com a marcação a mercado negativa de seu investimento no Banco Inter (BIDI4), em um trimestre de desvalorização das ações do banco digital. Com isso, registrou prejuízo antes de impostos de R$ 1,429 bilhão, revertendo lucro de R$ 371,5 milhões visto em 2020. Sem ajustes, o resultado líquido teria sido de prejuízo de R$ 1,260 bilhão.

Na linha final do balanço, a Stone reverteu o prejuízo do segundo trimestre deste ano, de R$ 150,5 milhões, causado por provisões contra a inadimplência na vertical de crédito e pelos problemas de funcionamento no registro de recebíveis naquele período.

As receitas totais da Stone, que incluem as provenientes das operações e também o resultado financeiro, foram de R$ 1,470 bilhão no trimestre, alta de 57,2% em um ano. Segundo a companhia, seu marketshare saiu de 10,6% no primeiro trimestre deste ano para 12,7% no terceiro.

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Laura Moutinho

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