S&P 500 recua 1,59% com variante Delta no radar dos investidores

As bolsas de Nova York fecharam esta segunda-feira (19) em forte queda, com todas as ações do índice Dow Jones no vermelho e o S&P 500 acompanhando a baixa. O receio sobre possíveis consequências da variante Delta do coronavírus para a recuperação global esteve entre os fatores que derrubaram as ações. Outro elemento foi o forte tombo do petróleo, que pressionou as ações de petroleiras, além das tensões entre Estados Unidos e China, que voltam ao radar.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-1.png

O índice Dow Jones fechou em baixa de 2,09%, em 33.962,04 pontos, o S&P 500 caiu 1,59%, a 4.258,49 pontos, e o Nasdaq recuou 1,06%, a 14.274,98 pontos.

Na visão de Edward Moya, analista da OANDA, a “aversão ao risco está firmemente estabelecida à medida que a propagação da variante delta está desencadeando um voo para a segurança conforme as preocupações econômicas globais se intensificam”.

Os investidores globais estão ficando ansiosos e vendendo ações, que estavam em um cenário propício para recuos depois das altas consecutivos que levou os índices a renovarem recordes, avalia o analista. “É difícil manter ativos de risco no curto prazo, agora que ultrapassamos o pico de tudo” afirma sobre recuperação econômica e estímulos fiscais.

“As ações caíram ainda mais após relatos de que os EUA e aliados estão culpando indivíduos ligados ao governo chinês pelo hack do Microsoft Exchange”, aponta Moya, sugerindo que a lista de problemas entre as duas maiores economias do mundo continua a crescer e provavelmente sugere que não veremos águas calmas tão cedo. As disputas seguem tendo repercussão especialmente em empresas chinesas listadas nas bolsas americanas, e a Didi, que vem sendo um dos principais alvos da intervenção de Pequim, sofreu mais uma queda, recuando 7,69%.

Neste cenário, os balanços ficaram em segundo plano. Com resultados marcados para depois do fechamento do mercado, a IBM recuou 0,71%.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

Com a cautela, aéreas estiveram entre as mais penalizadas na sessão. American Airlines (-4,14%), Delta Airlines (-3,77%) e United Airlines (-5,54%) recuaram.

Ligadas ao ramo de hospedagem, Booking Holdings (-3,60%) e Airbnb (-1,81%) foram outras quedas. Com o barril caindo próximo a 7% em Londres e NY, com o mercado atento ao acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+), Chevron (-2,69%), ExxonMobil (-3,44%) e Conoco Philips (-3,24%) foram outros destaques pressionando os índices.

Contrariando a tendência, as ações da Moderna dispararam 9,48%, em mais uma alta que segue a notícia de que a empresa passará a integrar o S&P 500 a partir da próxima quarta-feira (21).

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2020/10/155de22d-relatorio-bdrs-2.0.png

Última cotação S&P 500

Na última sessão, sexta-feira (17), o S&P 500 recuou 0,75%, a 4.327,16 pontos.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Rafaela La Regina

Compartilhe sua opinião