Balanços da semana

SoftBank registra queda no lucro do 2ºtri, após prejuízo com investimentos em startups chinesas

O SoftBank viu seu lucro líquido do segundo trimestre de 2021 cair 39% em relação ao mesmo período do ano anterior. A perda financeira acontece depois de o conglomerado japonês ter registrado prejuízo em investimentos em startups que fazem parte de sua carteira.

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Entre abril, maio e junho deste ano, o SoftBank lucrou 761,5 bilhões de ienes, equivalente a US $ 6,9 bilhões. Essen valor é 39% menor do que o registrado em 2020 e apenas uma fração dos 4,99 trilhões de ienes, ou US $ 45,9 bilhões, do trimestre encerrado em março, quando o conglomerado japonês teve o maior lucro da história.

Se no primeiro trimestre o Vision Fund teve forte impacto no aumento do lucro, entre abril e junho o fundo fez o serviço contrário: agravou a queda. Diversos investimentos do fundo despencaram, principalmente das empresas de tecnologia, depois que a China apertou suas restrições e endureceu políticas de competitividade.

Com isso, a participação do SoftBank no Alibaba (BABA34), por exemplo, deixou de valer centenas de bilhões de dólares para dar prejuízo na mesma medida. Empresas que estrearam suas ofertas e têm investimentos do conglomerado, como a Didi Global, dona da 99, viram seus papéis despencarem entre abril e junho e impactaram nas perdas.

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No último trimestre, o Vision Fund e seu sucessor similar, o Vision Fund 2, perderam o equivalente a mais de US$ 6 bilhões juntos. Mesmo depois de contabilizar essas quedas, os dois fundos ainda apuraram o equivalente a US $ 2,6 bilhões em ganhos de investimento no último trimestre.

Pausa dos investimentos do SoftBank

Nos últimos quatro anos, o SoftBank aportou US$ 84 bilhões em startups com o Vision Fund e seu similar, e se tornou o maior investidor de empresas de tecnologia do mundo.

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Mas, em vista das perdas recentes e das restrições do governo chinês às startups, o conglomerado japonês decidiu suspender provisoriamente seus aportes.

Um relatório do Citibank estimou que as empresas chinesas de tecnologia respondiam por 44% do valor dos investimentos da SoftBank no final de março, principalmente devido à participação no Alibaba.

“Até que a situação fique mais clara, queremos esperar para ver”, disse o presidente-executivo do SoftBank Group, Masayoshi Son, em entrevista coletiva. “Em um ou dois anos, acredito que novas regras criarão uma nova situação.”

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Monique Lima

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