SNID11 supera máxima e dividendos alcançam yield anualizado de 16,24%
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O SNID11, fundo de investimento em infraestrutura da Suno Asset, registrou novo recorde histórico ajustado por proventos ao fechar a sessão desta terça-feira (25) a R$ 10,97, alta de 1,86% frente ao pregão anterior.
O movimento coincidiu com a distribuição de dividendos de R$ 0,13 por cota, que implicam dividend yield anualizado de 16,24% e retorno equivalente a 139,3% do CDI no período, considerando o gross-up. O desempenho reforça o apelo do veículo para investidores que buscam renda atrelada ao CDI com isenção tributária.
No relatório gerencial de outubro, a Suno Asset reportou performance patrimonial de 0,57%, beneficiada pela abertura de spreads creditícios, dinâmica que favorece o carrego desde agosto. A preços de mercado, o retorno alcançou 2,68%, refletindo a melhora de marcação a mercado dos títulos da carteira.
O fundo encerrou o mês com patrimônio líquido de R$ 74,7 milhões, equivalente a R$ 10,37 por cota, distribuído em 48 instrumentos de 38 emissores, destacando diversificação e gestão ativa. As debêntures incentivadas constituíam cerca de 83,5% da alocação, com spread médio de CDI + 2,15% e duration de 5,4 anos.
As debêntures incentivadas seguem como principal fonte privada de financiamento de projetos de infraestrutura no país. Emitidas por companhias setoriais, são adquiridas por veículos especializados, como os FI-Infra, que capturam receitas por meio da remuneração das empresas após a entrega dos projetos. Esse segmento goza de isenção de IR para pessoas físicas, ampliando a atratividade relativa em cenários de juros elevados.
SNID11: movimentação no portfólio
Movimentos táticos marcaram o mês. A gestão alocou R$ 500 mil em papéis da Simpar Holding (SIMH16), com spread de NTN-B + 4,59%. Embora a preferência seja por exposição às controladas operacionais listadas (Vamos, Movida e JSL), a equipe destaca que as debêntures da Holding negociam com prêmio relevante em relação às companhias do grupo, oferecendo relação risco-retorno competitiva.
Perspectivas para o SNID11 permanecem construtivas em meio à expectativa de retomada dos investimentos em infraestrutura, mesmo com Selic elevada e curvas reais (NTN-B) acima de 8%. A gestão ressalta que esse patamar historicamente proporciona performance relativa favorável ante outros indexadores.
Em visão macro, o FI-Infra SNID11 tende a seguir bem posicionado como alternativa atrelada ao CDI, dada a projeção de Selic em dois dígitos e início de corte apenas a partir de 2026. Para o investidor, os dividendos do fundo conservam previsibilidade de rendimentos, diversificação e mitigação de risco.