Ser Educacional (SEER3) tem queda de 28% no lucro, com despesas para volta do presencial e avanço da EAD

A Ser Educacional (SEER3) registrou queda de 25,4% no seu lucro do segundo trimestre de 2021, quando comparado com o mesmo período do ano passado. A empresa informou que o aumento das despesas com o retorno parcial das atividades e os investimentos para crescimento da modalidade EAD impactaram nos lucros.

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Com isso, no balanço da Ser Educacional do segundo trimestre, o lucro líquido ajustado, excluindo os impactos do IFRS16, totalizou R$ 48,4 milhões no trimestre, redução de 25,4% em um ano.

Já o lucro operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado foi de R$ 97,197 milhões, queda de 10,5% ante igual intervalo de 2020. Com margem Ebitda ajustada reduzida em 6,5 pontos porcentuais em um ano, para 25,2% neste segundo trimestre.

“Essa redução reflete o efeito combinado da normalização das atividades nesse trimestre, comparado ao segundo trimestre de 2020, quando houve um plano de redução temporária de atividades como forma de mitigar os impactos das medidas de isolamento social implantadas naquele período”, explicou a Ser Educacional, em nota.

Com isso, o relatório trimestral da Ser Educacional destaca a “retomada das atividades, aumentando custos e despesas, além dos investimentos para crescimento orgânico, com destaque para o segmento de Ensino Digital“.

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A receita líquida da Ser Educacional, por sua vez, cresceu 12,4% em um ano, totalizando R$ 385,651 milhões nos meses de abril a julho deste ano.

Diante dos compromissos relacionados às aquisições e pela emissão das dívidas de longo prazo, o endividamento bruto da companhia subiu 19% de dezembro até o fim de junho, para R$ 777,445 milhões.

Base de alunos da Ser Educacional no segundo trimestre 

A base de alunos de graduação híbrida (presencial) totalizou 134,8 mil alunos no primeiro semestre de 2021, representando redução de 2,8% em relação à base reportada de 138,7 mil alunos no primeiro semestre de 2020.

Na análise ex-aquisições, a variação da base de alunos de graduação híbrida da Ser Educacional apresentou queda de 6,4% em um ano. Já a base de alunos de ensino digital (graduação e pós-graduação) apresentou crescimento de 121,4%, passando de 38,5 mil alunos no primeiro semestre de 2020 para 85,2 mil alunos no primeira semestre de 2021.

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A taxa de evasão da graduação híbrida apresentou redução de 4,1 pontos porcentuais, ficando em 16,6% no primeiro semestre, contra 20,7% um ano antes, “o que demonstra que essa taxa vem caminhando para retornar ao patamar pré-Covid-19”, disse a Ser Educacional.

Tíquete médio dos alunos 

O tíquete médio de graduação híbrida no segundo trimestre foi de R$ 812,34, apresentando crescimento de 8,9% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Excluindo-se as aquisições, que possuem tíquete médio mais alto do que o da Ser Educacional, principalmente por conta de suas vagas de Medicina, o tíquete médio no segmento de graduação híbrida foi de R$ 760,18, 0,8% inferior em comparação com o segundo trimestre de 2020.

“Demonstra que o ciclo de redução de preços de captação de alunos está se estabilizando e que as aquisições feitas pela companhia de instituições que detêm cursos de medicina colaboraram com a aceleração desse processo”.

Já no segmento do ensino digital (graduação + pós), houve redução de 9,5% do tíquete médio, para R$ 197,36 no segundo trimestre. Trata-se da mudança de um mix de cursos, uma vez que a nova linha de cursos 100% online foi a principal responsável pelo aumento do volume de novas matrículas.

Diante disso, o tíquete médio total da Ser Educacional teve redução de 8,2%, para R$ 570,21.

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Monique Lima

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