Saudi Aramco ultrapassa Apple e retorna a ser a empresa mais valiosa do mundo

A Saudi Aramco se tornou, novamente, a empresa mais valiosa do mundo após a sua capitalização de mercado ter subido, em meio a queda nas ações da Apple nos Estados Unidos.

Neste mês, a Aramco, a maior produtora de petróleo do mundo, registrou avanço de 1,1% em seus papéis, apesar do petróleo Brent cair 12%, para menos de US$ 40 (cerca de R$ 213,3) o barril. Enquanto isso, as ações da Apple caíram quase 17% em setembro e o valor de mercado da empresa de tecnologia caiu de US$ 2,3 trilhões para US$ 1,9 trilhão.

A empresa fundada por Steve Jobs e a estatal da Arábia Saudita são as únicas duas empresas que alcançaram valor de mercado de US$ 2 trilhões. A Saudi Aramco atingiu esse valor em dezembro do ano passado, logo após sua oferta pública inicial (IPO) recorde. Já a Apple alcançou em julho deste ano, quando as empresas de tecnologia dispararam em meio a um grande estímulo monetário e fiscal dos EUA para conter as consequência da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

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As ações da Aramco se demonstraram resiliente devido, segundo o mercado, à sua promessa de pagar um dividendo de US$ 75 bilhões este ano. Esse valor é cinco vezes maior do que a Apple pagou aos seus acionistas nos últimos quatro trimestres.

Saudi Aramco registra queda de 73,4% no lucro do 2T20

A Saudi Aramco, multinacional petroleira da Arábia Saudita, informou, que o lucro líquido da empresa teve queda de 73,4% no segundo trimestre de 2020, em relação a 2019. A companhia registrou lucro líquido de aproximadamente US$ 6,6 bilhões no trimestre encerrado em junho. No mesmo intervalo do ano passado, ela teve lucro de US$ 24,7 bilhões. O resultado é decorrente do colapso dos preços do petróleo em meio à pandemia de coronavírus (Covid-19).

Nos meses de abril e maio, o preço do petróleo bateu o nível mais baixo em anos, ficando em US$ 20 o barril. Mesmo com o cenário desfavorável, a Saudi Aramco conseguiu se sair melhor do que outras gigantes do setor. “Nossos resultados do segundo trimestre refletem as fortes perturbações devido à queda de demanda e preços mais baixos”, disse Amin Nasser, diretor executivo da empresa. “No entanto, obtivemos ganhos sólidos graças aos nossos baixos custos de produção, nossa escala única, nossa força de trabalho ágil e nossa força financeira e operacional incomparável”, acrescentou em comunicado o CEO da companhia.

Em relação ao primeiro semestre de 2020, o lucro líquido da Aramco caiu 50,5% no período, ficando em US$ 23,2 bilhões. No mesmo intervalo de 2019, a empresa registrou US$ 46,9 bilhões de lucro. Recentemente, BP, Chevron, ExxonMobil, Royal Dutch Shell e Total – gigantes do setor petroleiro, divulgaram seus resultados trimestrais. Juntas, as companhias tiveram perdas combinadas de US$ 53 bilhões no 2T20.

Nasser afirmou que está otimista em relação ao mercado de atuação de sua empresa. Isso porque os países adotaram medidas de relaxamento recentemente. A Saudi Aramco comunicou que cortará seu orçamento do ano que vem entre 8% e 10% ante os níveis já reduzidos em 2020, segundo informações do Energy Intelligence Group. A empresa saudita estima que seus gastos em investimentos fiquem “abaixo dos US 25 bilhões”.

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Poliana Santos

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