Rede D’Or (RDOR3) estreia na Bolsa com alta de 13%, negociada a R$ 65,61

A Rede D’Or (RDOR3), uma das maiores empresas de saúde do País, estreia na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), nesta quinta-feira (10), com alta de 13,28%, negociada a R$ 65,61. A companhia precificou sua oferta pública inicial de ações (IPO) na última terça-feira (8) e movimentou R$ 11,39 bilhões.

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O IPO da Rede D’Or é o terceiro maior registrado na B3. O maior IPO da história da bolsa foi o do Santander (SANB11), feito em 2009, que movimentou R$ 13,2 bilhões, seguido pela BB Seguridade (BBSE3), em 2013, que atingiu R$ 11,475 bilhões.

Em 2020, o maior IPO até o momento foi realizado pelo Grupo Mateus (GMAT3), que levantou R$ 4,6 bilhões em outubro.

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A Rede D’Or já chega na bolsa com um valor de mercado de R$ 100 bilhões, que é o maior entre as empresas de seus segmento, como Notre Dame Intermédica (GNDI3) e Hapvida (HAPV3), avaliadas em R$ 43 bilhões e R$ 50 bilhões, respectivamente. A Qualicorp (QUAL3) vale hoje R$ 9,7 bilhões.

A oferta foi concluída com a emissão de 196,664 milhões de ações, incluindo os lotes suplementar e adicional, emitidos exclusivamente para a oferta secundária de 50,987 milhões de ações e saída de atuais acionistas.

A família Moll é detentora de uma participação controladora de 57,37% das ações ordinárias, o que deve cair para 53% após a oferta. Em outras palavras, a família deve seguir no controle. Dos 38% que estão em circulação no mercado, o fundo soberano GIC detém 25,93%.

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Com metade dos recursos levantados na oferta primária, que somaram R$ 8,437 bilhões, a Rede D’Or deve seguir a trajetória de aquisições, que somam 37 operações ao longo dos últimos anos, para ampliar o número de hospitais e clínicas oncológicas para sua rede. A outra metade será direcionada à construção de hospitais e expandir a rede já existente.

IPO não é sinônimo de valorização

Abrir capital na Bolsa não é garantia de sucesso, ou seja, nem sempre após um IPO, os papéis das empresas sobem. Dos 24 IPOs realizados até agora neste ano, 14 acumularam queda até o fechamento do pregão em novembro.

Moura Dubeux (MDNE3), D1000 DMVF3), Mitre (MTRE3), Lavvi (LAVV3) e Plano e Plano (PLPL3) são os cinco destaques negativos entre as estreias deste ano segundo dados da Economatica.

  • Moura Dubeux – queda de 43,9%
  • D1000 – queda de 37,4%
  • Mitre – queda de 26,9%
  • Lavvi – queda de 21,0%
  • Plano e Plano – queda de 18,9%

Sobre a Rede D’Or

Fundado pelo cardiologista Jorge Moll Filho, o grupo já é dono da maior rede independente de hospitais privados do Brasil, com 51 unidades próprias, um sob administração e 32 projetos em desenvolvimento distribuídos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Maranhão, Paraná, Ceará e Distrito Federal.

O grupo tem como prioridade o segmento de clínicas oncológicas, na qual tem a segunda maior rede, com 39 unidades. Também tem uma parcela grande de seus negócios em laboratórios de análises clínicas e de imagem.

Entre 2009 e 2019, a Rede D’Or observou seu Ebitda (lucro antes de juro, imposto, depreciação e amortização) subir 42% e chegar a R$ 3,68 bilhões. As receitas líquidas somaram R$ 13,3 bilhões no ano passado e chegaram a R$ 9,86 bilhões nos nove primeiros meses deste ano.

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Poliana Santos

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