Raízen (RAIZ4) tem forte potencial de valorização, diz BofA

O Bank of America (BofA) reiterou seu otimismo em relação à Raízen (RAIZ4). Os analistas do banco consideram que a reação negativa dos investidores diante do guidance da companhia foi exagerada e, por isso, reforçam recomendação de compra ao preço-alvo de R$ 11.

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“Embora acreditemos que o guidance impactou negativamente o cenário de curto prazo das ações, avaliamos que houve uma reação exagerada“, diz o relatório,

O guidance da Raízen para o ano fiscal de 2022 veio abaixo das expectativas iniciais do mercado, com a previsão de EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre R$ 10 bilhões e R$ 11 bilhões, “justificado pelos menores volumes de moagem, enquanto os preços e custos implícitos do etanol para o segundo semestre também levantaram dúvidas”. Desde seu anúncio, as ações da Raízen caíram 18%. 

Mesmo assim, o BofA reitera a compra, “uma vez que a Raízen está entregando os rendimentos de cana, além do crescimento da distribuição de combustível com margens / retornos resilientes, e os projetos de E2G / biogás trazem um forte potencial de valorização“. Para os analistas, os projetos ainda não estão precificados; estimam um valor em torno de R$ 36 bilhões (R$ 3,40 por ação).

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“O segmento de distribuição de combustíveis vem passando por mudanças estruturais, o que acaba reduzindo a dependência das distribuidoras da Petrobras (PETR4) e proporcionando uma vantagem competitiva aos grandes players. Acreditamos que a Raízen deve se beneficiar desse ambiente por sua escala, inovação e sólido relacionamento com os revendedores”, conclui a análise do BofA.

Valuation da Raízen (RAIZ4) está mais atrativo do que nunca, diz BTG

Similarmente, o BTG Pactual (BPAC11) também reforçou seu otimismo de curto e longo prazo em relação à Raizen, e manteve sua recomendação de compra ao mesmo preço-alvo que o BofA, em R$ 11.

O banco considera ainda que o “valuation agora está mais atrativo do que nunca”, com a companhia operando a um múltiplo de 11,5 vezes Preço/Lucro esperados para 2022 e 2023.

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Em relatório recente, o BTG Pactual apontou que a Raízen é uma das “top picks” do banco e “a performance mais fraca recente (-10% desde o início do mês, -18% desde o IPO) faz pouco sentido para nós à luz do que tem sido um cenário cada vez mais construtivo para os preços do açúcar e etanol e margens de distribuição de combustíveis.”

Os analistas do banco acreditam que o momento parece ser uma distorção para uma abertura de capital recente e que “gerou alguma controvérsia” após publicar uma previsão mais conservadora com pouco impacto nas perspectivas de longo prazo.

Além disso, na avaliação do BTG, “a Raízen possui uma das combinações mais poderosas em nosso universo de cobertura: ações líquidas, empresa com grau de investimento, exposição em US$, posição de liderança nos segmentos em que atua, forte momento operacional em açúcar e etanol e se transformando no que entendemos ser uma promissora agenda de longo prazo das energias renováveis.”

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Bruno Galvão

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