Radar: Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) caem na Bolsa, banco eleva preço-alvo de Telefônica (VIVT3) e Neoenergia (NEOE3) anuncia JCP milionário

As ações de Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) figuraram no campo negativo do Ibovespa desta terça-feira (27), pressionadas pela divulgação da Ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento do Banco Central (BC) afirmou que manterá a taxa no patamar atual “até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

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No fechamento, os papéis da Via recuaram 2,68%, cotados a R$ 2,18, enquanto os ativos do Magazine Luiza também caíram 0,58%, a R$ 3,38. As ações ordinárias de Lojas Renner (LREN3) cediam 2,54%, a R$ 21,09, assim como as da Petz (PETZ3), que sofriam baixa de 5,42%, cotadas a R$ 6,28.

Em resumo, a Ata do Copom mostrou divergências sobre os próximos passos da política monetária do Brasil, destacando que já há consenso para “um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”.

Contudo, ainda há um grupo de diretores que é mais conservador e que enfatizou que o processo de desinflação ainda é fruto de núcleos que são voláteis dentro do indicador oficial. O grupo pediu, ainda, mais cautela e reancoragem das expectativas.

“Para as varejistas, isso é um sinal negativo, uma vez que, em geral, os juros nos atuais patamares mantêm o cenário desafiador. No caso de Magazine Luiza, além do cenário macroeconômico, os donos da KaBum! falaram publicamente sobre a disputa judicial envolvendo a venda da empresa para a Magazine Luiza. Tal comunicado também pode trazer mais volatilidade para o papel”, afirmou Heitor De Nicola, especialista de renda variável e sócio da Acqua Vero.

A decisão do Copom também abalou empresas de outros setores, Por volta do mesmo horário, os papéis de Eztec (EZTC3) cediam 3,91%, cotados a R$ 17,44, e MRV (MRVE3) caíam 4,91%, a R$ 10,27.

Além de Via, confira outros destaques desta terça-feira:

Telefônica (VIVT3): banco vê grande potencial de dividendos, eleva preço-alvo e recomenda compra das ações

  • Com isso, o banco aumentou o preço-alvo das ações da Telefônica em 6%, de R$ 48 para R$ 51. A equipe do UBS BB cita uma melhora na geração de caixa devido a um menor investimento em capital (capex) em relação às vendas, resultando em um fluxo de caixa livre (FCF) de 9,6% em 2024.
  • Além disso, o banco aponta que são esperados estimativas de lucro mais altas em função de menores despesas com depreciação e amortização (D&A) e operações sólidas em todas as unidades de negócio da Telefônica.
  • “Acreditamos que ambos os fatores podem abrir caminho para melhores distribuições de dividendos no futuro, com um dividend yield de aproximadamente 6% no curto prazo, expandindo ainda mais para 7% em 2025 e mais de 8% em 2026”, projeta o UBS BB.

Neoenergia (NEOE3) anuncia JCP de R$ 387 milhões; veja o valor por ação e quando será pago

  • Os novos JCP da Neoenergia se baseiam nos resultados do primeiro semestre de 2023, apurados até 30 de junho. O valor por ação ordinária dos proventos será de R$ 0,3193.
  • O pagamento dos juros sobre capital próprio da Neoenergia será feito em dezembro de 2023, sem atualização monetária.
  • A partir de 3 de julho de 2023, as ações da Neoenergia passarão a ser negociadas como “ex-JCP”, ou seja, sem direito aos proventos. Sendo assim, a data de corte para receber os proventos é até 30 de junho.
  • Sobre o valor bruto deliberado pelo conselho de administração da empresa, será deduzido o Imposto de Renda, com exceção dos acionistas que tenham comprovado, junto ao Itaú (ITUB4), a condição de serem dispensados dessa tributação.
  • A Neoenergia é uma holding do grupo Iberdrola da Espanha, um dos mais relevantes grupos privados do setor elétrico do Brasil em quantidade de clientes.

JCP de Neoenergia

  • Valor bruto: R$ 387.059.000,00
  • Valor bruto por ação: R$ 0,3193050597
  • Data de corte: 30 de junho de 2023
  • Data de pagamento: dezembro de 2023

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Sanepar (SAPR11) vai distribuir R$ 268 milhões em JCP; veja valor por ação

  • A Sanepar (SAPR11) vai pagar R$ 268 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas, segundo fato relevante divulgado hoje.
  • O valor dos proventos por ação da Sanepar será de R$ 0,16 por ação ordinária e R$ 0,18 por ação preferencial, que serão pagos em data a definir por assembleia.
  • Apenas os investidores com ações da Sanepar no dia 30 de junho terão direito de receber os JCP. A partir do dia 03 de julho as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
  • valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,13 por ação ordinária e R$ 0,15 por ação preferencial.

Ibovespa vai subir mais: banco projeta 140 mil pontos para o índice em um ano; entenda

  • Em relatório divulgado nesta terça-feira (27), o Santander projeta que o Ibovespa pode chegar entre 140 mil a 153 mil pontos em doze meses após o primeiro corte de juros. Neste cenário, o banco acredita que a bolsa brasileira pode estar em estágios iniciais de um Bull Market cíclico com duração de 18 meses.
  • Hoje, no entanto, o Ibovespa teve sua segunda queda seguida, aos 117,5 mil pontos. Mas o índice da B3 vem de uma sequência de 7 altas semanais consecutivas, chegando aos 120 mil pontos.
  • “A recente melhora nos dados macroeconômicos e de sentimento de otimismo com um possível corte de juros no segundo semestre deste ano sinalizam que as partes complexas do cenário de investimentos estão começando a se alinhar, criando um quadro mais coerente e promissor para as ações brasileiras no Ibovespa”, afirma a equipe do Santander.
  • Entre os pontos favoráveis para consolidação desse cenário no Ibovespa, o banco cita que os valuations da bolsa brasileira estão com um desvio padrão abaixo da média histórica de 15 anos, o que resultaria em uma reclassificação diante de um ciclo de corte de juros. “De acordo com nosso estudo, no qual analisamos os 9 ciclos anteriores de flexibilização monetária, o Ibovespa subiu, em média, 21% e 43%,12 meses e 24 meses após o 1º corte de juros, respectivamente.”

Yduqs (YDUQ3): CVM absolve empresa e sete diretores; veja os motivos

  • O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) absolveu nesta terça-feira, 27, o grupo Yduqs (YDUQ3) e sete de seus diretores em um processo por suposta inobservância do dever de guardar documentos relativos às atividades administrativas da companhia. Foram absolvidos Gilberto Teixeira de Castro, João Luis Tenreiro Barroso, Marcos de Oliveira Lemos, Miguel Filisbino Pereira de Paula, Pedro Jorge Guterres Quintans Graças, Rogério Frota Melzi e Virgílio Deloy Capobianco Gibbon.
  • Votaram pela absolvição dos executivos da Yduqs o diretor relator, João Accioly, acompanhado pelo presidente João Pedro Nascimento e a diretora Flavia Perlingeiro. O diretor Otto Lobo está de férias.
  • processo contra a Yduqs teve origem em um inquérito que apurava se um ex-membro do Conselho de Administração da Estácio Participações S.A. (nome antigo da Yduqs) teria operado com informações privilegiadas e se a companhia teria observado a obrigação legal de guardar documentos relativos às atividades da administração.
  • De acordo com a acusação, o ex-membro do conselho teria lançado opções de venda de ações da Yduqs em nome da sua esposa em três pregões anteriores à divulgação de fato relevante que informava sobre o terceiro Programa de Recompra de Ações da Estácio. A operação rendeu R$ 5,538 milhões ao executivo.
  • A acusação sustentava que o executivo da Yduqs teria tido acesso às informações antes da divulgação do fato relevante, mas a empresa não foi capaz de informar a data exata em que o ex-conselheiro teria descoberto a informação. Assim, a CVM decidiu pelo arquivamento da investigação contra o executivo e pela responsabilização dos diretores estatutários e da Yduqs por inobservância da obrigação de guardar documentos relativos à administração da companhia, pela não apresentação de arquivo magnético do Portal de Governança.

B3 (B3SA3): margens de negociação devem melhorar; analistas recomendam compra

  • Itaú BBA manteve sua recomendação ‘outperform’, equivalente a compra, para as ações da B3 (B3SA3). O banco avaliou que, além de maiores volumes, começa a enxergar um crescimento do otimismo sobre o nível médio das margens de negociação cobradas pela bolsa brasileira.
  • “Com a retomada dos volumes da B3, esperamos que a necessidade de HFTs [operações de alta frequência] atuarem como formadores de mercado diminua. Assim, assumimos que a B3 reduzirá os benefícios que oferece à medida que os volumes aumentam”, afirmaram os analistas Pedro Leduc, William Barranjard e Mateus Raffaelli.
  • Acrescentaram ainda que, nesse cenário, “as receitas da B3 provavelmente receberiam um impulso adicional de preços maiores por meio de um mix de volumes favorável”. O Itaú BBA avalia o preço justo das ações em R$ 17, com upside de 21% sobre os R$ 14 negociados no pregão de hoje.

Itaú (ITUB4) vende 10 milhões de ações da XP

  • Itaú Unibanco (ITUB4) se desfez de um lote de 10 milhões de ações da XP (XPBR31) na Nasdaq, conforme comunicado pela corretora na Securities and Exchange Comission (SEC). A venda foi realizada na segunda (26).
  • Com a venda feita pelo Itaú as ações da XP caem cerca de 3,4% no pregão desta terça (27), ante retração de 1,2% na véspera.
  • Os papéis foram vendidos pelo Itaú a US$ 22,18 cada, totalizando US$ 221,8 milhões na venda.
  • Antes da venda, no dia 9 de junho, o banco brasileiro detinha uma participação societária de 10,5% na corretora, conforme as informações de Relações com Investidores (RI) da XP.

Da Via à Neoenergia, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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