Radar: Usiminas (USIM5) cai no Ibovespa após 1T23, Magazine Luiza (MGLU3) demite fundadores do Kabum e Justiça bloqueia R$ 1,1 bi da Braskem (BRKM5)

Usiminas (USIM5) reportou nesta quinta (20) os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2023 (1T23). Com um lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 783 milhões, acima das projeções, os números surpreenderam os analistas, mas nem todos se mostram otimistas com os resultados do 1T23.

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Diante disso, as ações da siderúrgica recuam 0,94%, por volta das 13h30, no Ibovespa hoje.

Guilherme Nippes, analista da XP Investimentos, destaca que o Ebidta reportado pela Usiminas foi 10% superior às estimativas, com margens melhorando ligeiramente de 8% no último trimestre de 2022 para 11% no 1T23.

Segundo ele, os principais destaques da siderúrgica são:

  • maiores preços do minério de ferro (+24% T/T);
  • maiores volumes de aço (+7% T/T);
  • menor custo caixa/t da divisão de aço (-9% T/T), devido aos menores custos de insumos.

“Notamos que o FCL [fluxo de caixa livre] ficou positivo em R$ 764 milhões, impulsionado por uma variação positiva de capital de giro, com a dívida líquida caindo de R$ 1,1 bilhão para R$ 254 milhões”, pontua o analista da XP.

O FCL também é um indicador que os analistas do BTG Pactual, Leonardo Correa e Caio Greiner, reforçam. Segundo eles, o resultado se deve à redução do estoque de matéria-prima que compensou o acúmulo de placas, ficando acima das expectativas.

“A Usiminas apresentou números decentes, de maneira geral, em linha com nossas expectativas, bem acima do que o mercado esperava alguns meses atrás”, frisam.

Além de Usiminas, confira outros destaques desta quinta-feira:

Unipar (UNIP6) aprova pagamento de R$ 192 milhões em dividendos; veja valor por ação

  • Conselho de Administração da Unipar (UNIP6) aprovou nesta quinta (20) o pagamento de R$ 109,3 milhões em dividendos adicionais e mais R$ 82,8 milhões de dividendos adicionais à conta de reserva de investimentos. O valor bruto dos proventos por ação varia conforme a espécie e classe do papel.
  • Confira os valores para os dividendos adicionais da Unipar em R$ 109.371.628,41:
  • Ações ordinárias: dividendos no total de R$ 35.703.137,08, correspondente a R$ 0,99203303763 por ação;
  • Ações preferenciais classe A: dividendos no total de R$ 2.420.582,64, correspondente a R$ 1,09123634139 por ação
  • Ações preferenciais classe B: dividendos no total de R$ 71.247.908,69, correspondente a R$ 1,09123634139 por ação.
  • Já os dividendos adicionais à conta de reserva de investimentos, em R$ 82.895.953,19, serão distribuídos da seguinte forma:
  • Ações ordinárias: dividendos no total de R$ 27.011.450,33, correspondente a R$ 0,75052931800 por ação;
  • Ações preferenciais classe A: dividendos no total de R$ 1.981.414,67, correspondente a R$ 0,89325258420 por ação
  • Ações preferenciais classe B: dividendos no total de R$ 53.903.088,19, correspondente a R$ 0,82558224980 por ação.
  • Ainda segundo o fato relevante, apenas os investidores com ações da UNIP6 hoje (20) terão direito de receber os rendimentos. A partir de segunda (24), os papéis serão negociadas sem direito aos dividendos.
  • pagamento dos dividendos da Unipar está previsto para a partir de 4 de maio.

Ações da Braskem (BRKM5) caem no Ibovespa hoje; Justiça bloqueia R$ 1,1 bi da empresa

  • As ações da Braskem (BRKM5) fecharam em queda de 3,62%, a R$ 7,18, no pregão desta quinta (20). Mais cedo, a 16º Vara Cível da Capital de Alagoas determinou o bloqueio cautelar de cerca de R$ 1,1 bilhão. Essa decisão atende a um pedido do Governo do Estado, que processa a companhia pelos prejuízos sofridos após o afundamento do solo em cinco bairros de Maceió.
  • De acordo com as informações publicadas pelo G1, essa decisão contra a Braskem foi tomada pelo juiz José Cavalcanti Manso Neto na quarta (19) e cabe recurso.
  • Em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Braskem disse que “tomará as medidas pertinentes nos prazos legais aplicáveis e manterá o mercado informado sobre qualquer desdobramento relevante sobre o assunto”.
  • Segundo a empresa, os investidores que desejarem informações adicionais sobre o tema podem entrar em contato com o Departamento de Relações com Investidores da companhia.
  • De acordo com a reportagem do G1, o dinheiro bloqueado da Braskem será utilizado como garantia do pagamento das indenizações referentes aos danos sofridos pelo Estado.
  • Partes da capital de Alagoas vivem um lento processo de afundamento do solo, causado por décadas de mineração na cidade. Mais de 50 mil pessoas são afetadas por esse evento geológico e, segundo os especialistas, esse processo de afundamento pode durar até 10 anos. Na decisão judicial, o juiz disse que o Governo do Estado investiu em obras que ficaram inutilizadas após a desocupação involuntária causada pela Braskem.

Magazine Luiza (MGLU3) demite fundadores do Kabum por justa causa; briga ganha novo capítulo na Justiça

  • Magazine Luiza (MGLU3) demitiu os irmãos Thiago e Leandro Ramos, fundadores do Kabum, por justa causa. Segundo informações divulgadas nesta quinta (20), o desligamento ocorre após o término dos 30 dias de suspensão de contrato dos executivos. Contudo, esse novo desdobramento já foi parar na Justiça.
  • De acordo com informações publicadas pelo jornal Valor Econômico, os fundadores do Kabum, varejista online cujo dono é o Magazine Luiza, entraram com uma ação trabalhista na qual alegam que o término ocorreu sem justa causa e, por isso, devem receber verbas rescisórias, bônus e um pagamento por danos morais.
  • Na ação obtida pela reportagem do Valor, os irmãos Ramos pedem que a demissão por justa causa seja entendida como “imotivada”, o que abriria espaço para esses pagamentos. Segundo os cálculos dos advogados, as verbas rescisórias seriam de R$ 4,8 milhões para cada irmão, por ano.
  • Enquanto isso, a varejista alega que os irmãos trabalhavam em uma nova empresa, concorrente da companhia, em paralelo ao Kabum. O contrato da dupla era regido pela CLT.

Proibida de entrar em recuperação judicial, Light (LIGT3) desenha estratégia para sair da crise

  • Com uma dívida superior a R$ 11 bilhões, a Light (LIGT3) estuda a possibilidade de entrar em recuperação judicial mesmo sendo proibida de contar com esse suporte jurídico. De acordo com informações publicadas nesta quinta (20), a empresa investida por Carlos Alberto Sicupira pode usar uma estratégia para conseguir as proteções asseguradas pelo sistema de recuperação.
  • De acordo com fontes da Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de São Paulo, um dos caminhos na pauta da crise da Light é pedir a recuperação judicial das outras empresas do grupo, e não da distribuidora de energia em si — que é proibida pela lei de usar essa modalidade.
  • Assim, os benefícios concedidos às subsidiárias podem ser expandidos para a empresa-mãe, conforme o entendimento do juiz.
  • Outra estratégia seria fazer um teste com a lei 14.112, de 2020, que mudou a lei de 2005 sobre o tema. A nova versão omite as concessionárias de energia no texto. Ou seja, conforme o entendimento dos juristas, será possível dizer se a proibição está em vigor ou não.
  • Atualmente, a empresa conta com uma proteção jurídica que suspende os vencimentos temporários da empresa. Essa mediação pode ser prorrogada por mais 30 dias.

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Eletrobras (ELET3) vai adiantar R$ 4 bilhões em dívidas da Santo Antônio Energia com bancos

  • Eletrobras (ELET3) planeja fazer o aporte financeiro de R$ 4 bilhões para o pré-pagamento de dívidas de sua controlada indireta, a Santo Antônio Energia. O objetivo da companhia é assumir o débito restante junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e aos bancos repassadores.
  • As ações da Eletrobras fecharam em alta de 0,44%, cotadas a R$ 33,87.
  • Ontem (19), a Santo Antônio Energia apresentou uma proposta da administração em uma Assembleia Geral de Debenturistas marcada para 10 de maio. O objetivo é obter a autorização de seus credores para o pré-pagamento de dívidas que somam até R$ 4 bilhões, a ser feito até 31 de dezembro deste ano.
  • Conforme o documento, seriam pagas dívidas celebradas em março de 2009 e agosto de 2013. Entre os credores, estão BNDES, Santander (SANB11)Banco do Brasil (BBAS3)Bradesco (BBDC4), Itaú BBA, Banco do Nordeste (BNB), Caixa Econômica Federal, Haitong Banco de Investimento e Banco da Amazônia (BASA).

Tesla (TSLA34) vê lucro em queda no 1T23: ações e BDRs recuam hoje; veja análise

  • Tesla (TSLA34) registrou lucro líquido de US$ 2,513 bilhões no primeiro trimestre de 2023, queda de 24% ante o mesmo período de 2022 (US$ 3,318 bilhões). Os números foram divulgados na quarta (19) e, mesmo em linha com as expectativas dos analistas, provocaram uma queda nas ações e nas BDRs da empresa de Elon Musk.
  • Por volta das 10h30 desta quinta (20), no horário de Brasília, as ações da Tesla recuavam 7,39% na Nasdaq, uma das bolsas dos Estados Unidos, ao preço de US$ 167,24. Neste mesmo intervalo, as BDRs da empresa recuavam 6,47%, ao preço de R$ 26,47.
  • A receita da montadora de Elon Musk foi de US$ 23,3 bilhões nos últimos três meses, um crescimento anual de 24%. No primeiro trimestre, a Tesla produziu mais de 440 mil veículos e entregou mais de 422 mil.
  • “No primeiro trimestre, produzimos um número recorde de veículos, graças às rampas contínuas em nossas fábricas em Austin e Berlim”, apontou a companhia.
  • “Enquanto continuamos a executar inovações para reduzir o custo de fabricação e operações, ao longo do tempo, esperamos que nossos lucros relacionados a hardware sejam acompanhados por uma aceleração dos lucros relacionados a software. Nós continuamos acreditar que nossa margem operacional continuará entre as mais altas do setor”.
  • Além disso, a empresa anunciou que seu Cybertruck continua a caminho de iniciar a produção ainda neste ano, no Texas.

Da Usiminas à Tesla, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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