Radar: Petrobras (PETR4) marca assembleia pra escolher Conselho, banco vê B3 (B3SA3) com valorização menor, Magazine Luiza (MGLU3) aprova crédito para 10 milhões de clientes

Petrobras (PETR4) informou que, no dia 19 de agosto, deve realizar a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para escolha do novo Conselho de Administração da companhia.

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A informação foi divulgada pela Petrobras, em documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo a estatal, o edital de convocação e o manual para participação na assembleia serão divulgados ao mercado amanhã.

A petroleira destacou que validou integralmente as análises do comitê de elegibilidade (Celeg) em relação aos candidatos ao conselho.

Devem participar dessa etapa da reunião apenas membros que não foram indicados para reeleição ao colegiado.

Segundo a Celeg, são inelegíveis dois indicados pela União. As informações da análise constam em ata da semana anterior.

Os indicados pelo governo ao conselho da Petrobras foram Jônathas de Castro, secretário executivo da Casa Civil, e Ricardo Alencar, procurador-geral da Fazenda Nacional.

Além da Petrobras, confira outros destaques desta segunda-feira:

B3 (B3SA3): banco vê valorização menor, mas reforça compra: “2T22 virá dentro do esperado”

  • Após avaliar a prévia operacional da B3 (B3SA3), o Bank of America reiterou a recomendação de compra das ações da empresa, com preço alvo reduzido de R$ 18 para R$ 14 — ante a cotação deste segunda (18) de R$ 10,27.
  • Os analistas incluíram o modelo de lucros divulgado recentemente nos números operacionais do 2T22 da B3
  • “A B3 está sendo negociada em 12,7 vezes sobre a expectativa de 2023 de P/L, que está abaixo do múltiplo da B3 durante o último ciclo de alta (2013-2016) de 14 vezes e bem abaixo dos pares internacionais”, diz o relatório
  • O Bofa aponta que o fluxo de caixa e o Ebitda da B3 estarão em linha com as estimativas do banco.
  • O primeiro, de R$ 1,4 bilhão, representa aproximadamente variação de +1% na comparação anual e estabilidade com o trimestre anterior.
  • O segundo, de R$ 1,6 bilhão, uma queda de 15% ano a ano e -4% em relação ao 1T22.

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Magazine Luiza (MGLU3) aprova crédito para 10 milhões de clientes

  • Magazine Luiza (MGLU3) anunciou que vai oferecer crédito pré-aprovado para mais de 10 milhões de clientes do seu varejo.
  • A campanha do Magazine Luiza em como alvo clientes que se adequam aos critérios de concessão de crédito estabelecidos pela própria companhia e pela financeira do grupo, a LuizaCred, uma parceria com o Itaú (ITUB4).
  • Os papéis MGLU3 chegaram a subir 4% no intradia com a notícia, porém fecharam o pregão em baixa de 0,36%.
  • Em razão disso, cerca de 5 milhões de clientes com esse perfil já receberam material de comunicação dirigida, que inclui um vídeo protagonizado por Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magalu.
  • O vídeo, porém, ganhou as redes sociais nesta segunda-feira mesmo sem uma postagem oficial do Magazine Luiza, e veio acompanhado de críticas sobre um suposto desespero da empresária com as vendas em baixa.
  • Para Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a estratégia é ousada, verdadeira e com “a cara do Magalu”. Ele lembra que a empresa tem buscado usar mais “a figura de Luiza Trajano, que é cheia de verdade e com baixíssima rejeição como ferramenta de vendas”.
  • Para ele, apesar das críticas duras que o vídeo tem recebido, o investidor do papel dificilmente vai olhar para o conteúdo e associá-lo a um desespero. “É um momento em que o varejo todo está precisando de estratégias criativas e isso está gerando repercussão”, afirma.
  • No vídeo, Luiza fala do crédito pré-aprovado para clientes e convida o público a ir às lojas.
  • “Vai ser no carnê. Lembra aquele ‘carnêzinho gostoso’? Em prestações que você pode pagar e a gente ainda vai dar um descontinho nos juros. A gente aguarda vocês. Vá o mais rápido possível a uma de nossas lojas, por favor”, diz a presidente do conselho da companhia no material enviado aos clientes e compartilhado nas redes sociais.
  • “Grande parte dos brasileiros depende de crédito para continuar a consumir”, diz Frederico Trajano, CEO do Magalu.
  • “Num momento como o atual, a tendência é que as empresas cortem suas linhas. Mas nós sabemos, por meio de nosso sistema de dados e análise, que há mais de 10 milhões de clientes na nossa base que têm todas as condições de honrar seus compromissos. Queremos que essas pessoas saibam que podem contar com o Magalu em todos os momentos, principalmente nos mais difíceis.”
  • A companhia não comentou as críticas de internautas à companhia, que envolvem ainda associações de Luiza com o pré-candidato à presidência da república pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
  • Segundo a companhia, a campanha do Magalu privilegia os clientes das quase 1,5 mil lojas físicas da empresa, distribuídas por todo o Brasil.

Embraer (EMBR3) tem dificuldades com entregas por gargalo logístico, diz CEO

  • Em entrevista à Bloomberg, o CEO da Embraer (EMBR3), Francisco Gomes Neto, afirma que a empresa está sofrendo com as restrições na cadeia de suprimentos.
  • A companhia se vê com dificuldades em prever se vai cumprir as metas de entrega de aeronaves até o final do ano.
  • O CEO estava na feira aeroespacial de Farnborough, na Inglaterra, que começou nesta segunda-feira (18). “Estamos fazendo todo o possível para mitigar os problemas”, disse ao jornal.
  • A Embraer não é a única que está sentindo os obstáculos na cadeia de suprimentos. De acordo com a apuração da Bloomberg, a Airbus também afirmou que até o final de maio tinha 20 aeronaves totalmente construídas sem motores, que não chegam.
  • Apesar dos problemas, a Embraer ainda mantém a estimativa de entregar entre 60 e 70 aviões da família E-Jet ainda em 2022, contra os 50 entregues em 2020 e 2021.
  • Além da escassez de componentes, há também falta de mão de obra nos Estados Unidos, outro problema que prejudica a Embraer no momento, conforme Gomes Neto.

Venda da Braskem (BRKM5) trava em meio à queda de 40% e ‘pouca movimentação dos sócios’

  • O processo de venda da Braskem (BRKM5) travou, novamente, em meio a uma baixa de 40% nos papéis no acumulado de 2022.
  • Segundo informações do jornal Valor Econômico, os sócios da companhia – Petrobras (PETR4) e Novonor (antiga Oderbrecht) – têm feito poucos movimentos para realizar a venda da Braskem.
  • Em suma, isso se dá por causa do cenário negativo para o mercado de ações – nenhuma companhia fez estreia na bolsa em 2022.
  • Além disso, as trocas de comando na Petrobras também são citadas por fontes anônimas ouvidas pelo jornal como um fatores para que a venda esteja empacada.
  • Já na Novonor, que é assessorada pelo Morgan Stanley, não houve definição de um novo cronograma após a suspensão da oferta de ações preferenciais em meados de janeiro.
  • O preço de R$ 33 por ação BRKM5 também é um dos pontos para que a venda não tenha avançado – o patamar não geraria quantias relevantes para a quitação de dívidas e não é atrativo para os sócios atuais.
  • Vale lembrar que a soma da dívida dos bancos que têm ações em garantia é de cerca de R$ 15 bilhões, e boa parte dos dividendos da Braskem é usada para reduzir esse montante.
  • Para efeito de comparação, a cifra é mais do que a metade do valor de mercado da Braskem – cerca de R$ 27 bilhões.

Da Petrobras à Braskem, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Jorge C. Carrasco

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