Grana na conta

Radar: Carrefour (CRFB3) pagará dividendos milionários, Santander (SANB11) anuncia R$ 1,27 bi em JCP e BRF (BRFS3) lidera perdas no Ibovespa

Conselho de Administração do Carrefour (CRFB3) aprovou nesta quinta-feira (13) em assembleia a proposta de pagamento no montante de R$ 132,2 milhões em dividendos.

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O valor bruto dos proventos do Carrefour corresponde a R$ 0,0628. No comunicado ao mercado, o grupo informa que o valor “poderá ser modificado em razão das variações na quantidade de ações decorrentes de emissões de ações ou negociações com as próprias ações pela companhia”.

Ainda segundo o fato relevante, apenas os investidores com ações do CRFB3 hoje (13) terão direito de receber os rendimentos. A partir de amanhã (14), os papéis serão negociadas sem direito aos dividendos.

pagamento de dividendos ainda não tem data definida, mas a empresa destaca que ele será realizado durante o exercício de 2023. A seguir, confira mais detalhes dos proventos.

Dividendos do Carrefour (CRFB3)

  • Valor total dos dividendos: R$ 132.292.506,15
  • Valor por ação: R$ 0,0628537948
  • Data de corte: 13 de abril
  • Data do pagamento: até 31 de dezembro de 2023
  • Rendimento (dividend yield) do pagamento: 3,79%

Além de Carrefour, confira outros destaques desta quinta-feira:

Santander (SANB11) abre a carteira e distribuirá R$ 1,27 bi em juros sobre capital próprio; veja o valor por ação

  • Santander (SANB11) abriu a carteira após o primeiro trimestre de 2023 (1T23) e, nesta quinta (13), anunciou que pagará R$ 1,275 bilhão em juros sobre capital próprio para seus acionistas. Os proventos serão distribuídos aos investidores no dia 15 de maio.
  • De acordo com o informe publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os JCPs do Santander estão baseados nos resultados do banco no 1T23.
  • Originalmente, os JCPs estão avaliados em R$ 1,5 bilhão. Porém, com a dedução do Imposto de Renda, a cifra cai para R$ 1,275 bilhão.
  • Em valores líquidos, os proventos do Santander estão divididos da seguinte forma:
  • Ações ordinárias: R$ 0,16322487698
  • Ações preferenciais: R$ 0,17954736468
  • Unit (uma ordinária + uma preferencial): R$ 0,34277224166
  • “Farão jus aos juros sobre o capital próprio, ora aprovados, os acionistas que se encontrarem inscritos nos registros da companhia no final do dia 24 de abril de 2023. Dessa forma, a partir de 25 de abril de 2023, as ações da companhia serão negociadas ‘ex-juros sobre o capital próprio‘”, ressaltaram os gestores.

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BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3), Minerva (BEEF3) e JBS (JBSS3): por que os frigoríficos caíram no Ibovespa hoje?

  • O Ibovespa encerrou esta quinta-feira (13) em baixa de 0,40%, aos 106.457,85, e entre ações que puxaram queda do índice foram os frigoríficos. Os papéis da BRF (BRFS3)Marfrig (MRFG3)Minerva (BEEF3) e JBS (JBSS3) tiveram perdas de até 7,64% apenas hoje. Mas o que aconteceu para ocorrer essa desvalorização setorial?
  • André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, explica que nesta quinta o Bank of America (BofA) reduziu preço-alvo de Marfrig e BRF para R$ 7,6 e R$ 6,30, respectivamente — antes, ambas tinham preço-alvo de R$ 9.
  • “O banco projeta resultados mais fracos em 2023 com a suspensão de exportações para a China no 1° trimestre deste ano (que já voltou ao normal agora), e pressão nas margens em função do preço da arroba do boi nos Estados Unidos”, pontua.
  • Em relação aos outros dois frigoríficos, Fernandes também explica o que aconteceu para que as ações tenham caído no Ibovespa hoje. “[o BofA] manteve recomendação de compra para a JBS também, mas sem grandes revisões no preço-alvo. Em relação à Minerva, o BTG Pactual acredita que os resultados do 1T23 também serão fracos, e revisou seu preço-alvo de R$ 20 pra R$ 15.”
  • Diante dessa revisão por parte dos analistas, as ações das frigoríficas caíram em bloco. Confira como elas fecharam o pregão de hoje:
  • BRF (BRFS3): -7,64%, cotada a R$ 6,29;
  • Marfrig (MRFG3): -7,05%, cotada a R$ 6,33;
  • Minerva (BEEF3): -6,47%, cotada a R$ 9,40;
  • JBS (JBSS3): -2,93%, cotada a R$ 16,91.

Petrobras (PETR4) conclui condições para venda do Polo Norte Capixaba por US$ 426,65 milhões

  • Petrobras (PETR4) informou nesta quinta (12) a conclusão do cumprimento das condições referentes à transferência da sua participação (100%) no Polo Norte Capixaba, no Espírito Santo, para a empresa Seacrest por US$ 426,65 milhões. O desinvestimento foi assinado no ano passado.
  • Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal destaca que a operação foi concluída com o pagamento à vista para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato.
  • O valor recebido hoje soma ao montante de US$ 35,85 milhões pagos à estatal, quando houve a assinatura do contrato em 23 de fevereiro de 2022.
  • Além desse montante, é previsto o recebimento pela Petrobras de até US$ 66 milhões em pagamentos contingentes, a depender das cotações futuras do Brent.
  • Com a conclusão da cessão, a Seacrest assume a condição de operadora dos campos do Polo Norte Capixaba e demais infraestruturas de produção.

Americanas (AMER3) desperta revolta em acionistas minoritários; saiba por quê

  • Americanas (AMER3) conseguiu acalmar os ânimos dos bancos, mas tem um problema a resolver com os acionistas minoritários. Segundo informações divulgadas nesta quinta (13), esse grupo de investidores está revoltado com a empresa, que marcou a eleição do novo conselho de administração para o dia 29 de abril, um sábado, via teleconferência.
  • De acordo com a apuração do jornal Valor Econômico, os acionistas minoritários da Americanas querem ter mais voz nas discussões sobre a crise da varejista, que está em recuperação judicial com débitos superiores a R$ 40 bilhões. Uma das últimas movimentações neste grupo foi protagonizada pelo empresário Silvio Tini, da Bonsucex. Ele se aliou a fundos na campanha pró-voto múltiplo na assembleia.
  • No sistema solicitado por Tini, cada ação da Americanas dá direito a votos na mesma quantidade de membros do conselho – ou seja, caso o conselho de administração siga com sete membros, cada acionista terá sete votos nesta eleição, sendo que eles podem ser direcionados em um candidato ou dispersos entre vários.
  • O sistema foi criado para possibilitar que os minoritários tenham representantes nos conselhos e pode ser solicitado quando 5% dos acionistas pedem este modelo. Assim, a união entre fundos e investidores torna-se essencial para essa mudança logística na votação.
  • Segundo a reportagem, além de ter mais voz ativa, os minoritários desejam acompanhar as discussões com os credores da Americanas e reforçar as cobranças em prol da governança da companhia.

Do Carrefour a BRF, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

Vanessa Loiola

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