Privatização da Petrobras (PETR4) não está prevista para ‘este mandato’, diz Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou a possibilidade de privatização da Petrobras (PETR4) “neste mandato”. Em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Paris, ele comentou a troca de presidente da estatal e minimizou o impacto da medida sobre a companhia.

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“O presidente [Jair Bolsonaro] disse expressamente que não privatizaria a Petrobras neste mandato, seu primeiro mandato. Nunca disse nada sobre o segundo”, declarou Guedes.

Em viagem à França para discutir a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o ministro disse ser pessoalmente favorável à privatização da petroleira, mas afirmou que a decisão final cabe ao presidente da República.

“Quando penso em Petrobras, penso que a gente deveria privatizar a Petrobras, mas eu não tenho votos. Sou só um ministro da Economia”, disse.

Durante a entrevista, Paulo Guedes prometeu executar outras privatizações até o fim do ano, como a da Eletrobras (ELET3) e a dos Correios, além de avançar com concessões de portos e dos aeroportos do Galeão, de Santos Dumont e de Congonhas.

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Troca de presidente da Petrobras

Em relação à troca na presidência da Petrobras, o ministro da Economia disse que a mudança não deverá ter consequências práticas sobre a gestão da empresa, inclusive na política de preços dos combustíveis, motivo que levou Bolsonaro a mexer no comando da estatal.

“Não acho que essa mudança seja um fator importante, não mesmo. Não espero que tenha efeitos reais”, comentou Guedes.

A troca da presidência da Petrobras foi anunciada na última segunda-feira (28), com a saída de Joaquim Silva e Luna, que estava no comando da estatal desde fevereiro de 2021, para a entrada do economista Adriano Pires.

Ainda sobre o assunto, o ministro acrescentou que o único nome indicado por ele para comandar a estatal foi o do economista Roberto Castello Branco, que presidiu a companhia de janeiro de 2019 a fevereiro de 2021.

5 pontos para entender quem é Adriano Pires

Adriano Pires. Foto: Pedro França/Agência Senado.
Adriano Pires. Foto: Pedro França/Agência Senado.

O economista Adriano Pires tem à frente o desafio de colocar rédeas nos preços praticados pela Petrobras, obstáculo que nenhum de seus sucessores durante o governo Bolsonaro foi capaz de superar, conforme destacam analistas.

Caso seja confirmado como novo presidente da Petrobras, Adriano Pires, que é diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), sucede a gestão militar de Joaquim Silva e Luna, general da reserva do Exército brasileiro e ex-diretor-geral da usina Itaipu Binacional.

Em entrevistas como representante do CBIE, Pires se contrapôs as visões do liberal Paulo Guedes, ministro da Economia brasileiro. Ao G1, o economista defendeu a criação de fundo de estabilização para evitar repasses de preços pela Petrobras e a volatilidade aos consumidores.

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Segundo ele, a existência do fundo não reduz aumentos estruturais no valor de comercialização de combustíveis. “Mas ele vai ajudar em duas coisas: diminuir a volatilidade, ou seja, não vai haver um repasse tão rápido para o consumidor. E pode reduzir um pouco o preço”, disse.

A criação de fundo de estabilização para a Petrobras é matéria de discussão no Congresso Nacional, sob o projeto de lei (1.472/21) que estabelece diretrizes sobre os preços para o diesel, gasolina e gás liquefeito de petróleo.

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Com informações de Agência Brasil. 

Monique Lima

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