Prio (PRIO3) quer fazer novos investimentos na casa dos bilhões, diz CEO

A Prio (PRIO3) – antiga PetroRio – está preparada para realizar novos investimentos na casa de bilhão para a aquisição de novos campos.

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As informações vieram de declarações do presidente da Prio, Roberto Monteiro, que esteve no Latin America Investment Conference (LAIC) de 2024, organizado pelo UBS-BB, na manhã desta segunda-feira (29).

O comentário foi realizado em meio à discussão sobre qual seria a perspectiva para os futuros investimentos realizados pela Prio.

Durante o evento, Monteiro comentou que, por um lado, a empresa vai continuar focada em poços maduros. Contudo, não vai comprar ativos com potencial baixo.

“Metade do meu tempo eu dedico para buscar oportunidades de M&A (fusão e aquisição)“, afirmou o CEO da Prio, mencionando futuros poços.

Um dos que estão sob o radar de interesse da Prio está localizado no Golfo do México, segundo Monteiro.

“É uma jurisdição que sempre nos despertou curiosidade”, acrescentou.

Por outro lado, o presidente da companhia mencionou que oportunidades na África, Argentina, Colômbia e Equador estão mais distantes no momento. “Não temos tamanho para isso”.

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Presidente da Prio diz que cena fiscal e tributação são os maiores riscos para o setor

O maior apetite do governo por aumento de receita, bem como a possibilidade de elevação da carga tributária, são tidos como “o grande risco” para o setor de produção de óleo e gás, de acordo com Monteiro.

Referindo-se ao mecanismo do imposto seletivo presente na Reforma Tributária, Monteiro comentou que já foi estabelecida uma taxação de até 1% que incidirá sobre o setor de exploração e produção de petróleo.

No curto prazo, o presidente da Prio não espera a criação de novas alíquotas, mas relembra que foi surpreendido em 2023 com a decisão do governo de criar um imposto sobre as exportações de petróleo cru.

“Falo com toda a transparência. Nós descobrimos o imposto de exportação de petróleo um dia depois de todo mundo. Fomos pegos de surpresa”, afirmou Monteiro.

De acordo com o executivo, o setor de exploração e produção de petróleo gera muito caixa e oportunidades, mas as decisões e investimentos são tomadas esperando um cenário de previsibilidade fiscal e tributária.

“A insegurança jurídica é levada em conta durante uma decisão de investimento. Vamos levando isso até não aguentarmos mais”, afirmou o CEO da Prio. Ele alertou em seguida que uma elevação dos impostos da forma como tem acontecido pode levar empresas do setor a deixar de investir no Brasil.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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