Petróleo tem a pior semana desde a crise financeira de 2008

Os contratos futuros de petróleo tiveram nesta semana a pior queda desde a crise financeira de 2008. O valor do barril foi puxado pela queda na demanda devido ao novo coronavírus e à guerra de preços entre Arabia Saudita e Rússia.

O contrato de petróleo Brent com vencimento para maio fechou em acumulou uma queda de 25,22% na semana, sendo cotado a US$ 33,85. Da mesma forma o petróleo WTI registrou baixa de 23,13%, cotado a US$ 31,73.

O valor do barril de petróleo despencou na última segunda-feira (9), após o desentendimento dentro da reunião da Organização dos Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A Arábia Saudita se recusou a cancelar os cortes na produção da commodity para dar suporte ao mercado. Na mesma linha, a Rússia não entrou em acordo quanto ao corte na produção.

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Sem haver o corte na produção de petróleo, a oferta da commodity aumenta. Como consequência o valor do barril recua. Aliado a isso, a crise na economia global devido ao coronavírus atingiu os mercados e a demanda global. Com o crescimento da oferta e diminuição da demanda, os preços do petróleo despencaram nesta semana.

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Os números variaram durante a semana e voltaram a ser pressionados na última quinta-feira (12). Na ocasião, o presidente norte-americano Donald Trump restringiu a entrada de pessoas vinda da Europa – região amplamente afetada pela pandemia – durante as últimas duas semanas nos Estados Unidos.

A medida mostrou a que poderia haver uma nova queda na demanda, visto que os Estados Unidos são grandes consumidores do óleo.

Opep reduz projeção de demanda de petróleo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu novamente a projeção para o aumento da demanda global pela commodity por conta do coronavírus. A informação faz parte de um relatório divulgado na última quarta-feira (11).

Saiba mais: Petróleo: Opep reduz projeção de demanda global pela commodity

Conforme o relatório da Opep, a estimativa de crescimento do consumo passou de 990 mil barris de petróleo por dia (bpd) para 920 mil bpd em 2020. A entidade salientou que caso a disseminação do coronavírus continue avançando, as próximas projeções serão ainda menores.

A demanda global total para 2020 agora é estimada em 99,73 milhões de bpd. A estimativa da entidade é que o consumo no segundo semestre seja superior aos primeiros seis meses do ano. Segundo a organização, a queda da demanda de petróleo deverá ocorrer principalmente nos países asiáticos. Entre eles, o Japão, a Coreia do Sul e os países do Oriente Médio.

Arthur Guimarães

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