Oi (OIBR3): prazo de envio de ajustes pela compra dos ativos é prorrogado

A TIM (TIMS3), dona da Vivo, Telefônica (VIVT3) e a Claro, compradoras dos ativos da Oi Móvel, vendidos pela Oi (OIBR3), em recuperação judicial, foram informados da prorrogação por 30 dias do prazo de envio à vendedora das notificações de ajuste pós-fechamento da operação.

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A partir de agora, o prazo para envio dos ajustes vai até o dia 17 de setembro.

A TIM destacou também que o valor por ela retido, de R$ 634,3 milhões, para realizar os possíveis ajustes de preço continuará retido integralmente pela companhia até o encerramento do novo prazo acordado.

Oi reverte lucro bilionário e tem prejuízo de R$ 321 milhões no 2T22

Oi (OIBR3) teve prejuízo líquido de R$ 321 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), revertendo o lucro de R$ 1,13 bilhão vistos em igual período do ano anterior.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina foi de R$ 388 milhões no 2T22, ante R$ 1,28 bilhão vistos em igual etapa de 2021, representando uma queda de cerca de 70% no comparativo anual.

A receita líquida da companhia de telecomunicações foi de R$ 2,77 bilhões no segundo trimestre deste ano, ante R$ 4,38 bilhões registrados ao fim do segundo trimestre de 2021, representando uma queda de cerca de 37%.

No comparativo com o trimestre anterior, a queda da receita é de 37,3%, dados os R$ 4,415 bilhões registrados no balanço do 1T22.

A dívida líquida da companhia fechou o mês de junho em R$ 16,12 bilhões, reduzindo os R$ 25,9 bilhões vistos ao fim do segundo trimestre de 2021 e os R$ 31,42 bilhões do fim de março deste ano.

A margem Ebitda da Oi foi de 14% neste segundo trimestre, ante 29,3% em igual período de 2021.

Segundo o balanço da Oi no 2T22, foram R$ 5,031 bilhões em caixa disponível no fim de junho, cifra 47% maior do que o que foi visto no fim do 2T21 e 153% maior do que o caixa disponível ao fim de março deste ano.

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Venda da Oi Móvel pode ser cancelada? Genial analisa

Parecer da Anatel mostra que as empresas que compraram a Oi Móvel não estão cumprindo com um dos remédios estabelecidos durante o negócio.

Assim, segundo relatório da Genial Investimentos, esse imbróglio com a compra da Oi Móvel pode ‘culminar com a anulação da transação’.

“Com a justificativa de que as empresas não estariam cumprindo os remédios impostos, a Anatel analisa a possibilidade de revisar a anuência prévia da venda dos ativos móveis da Oi, além de outras sanções que demonstrem o descontentamento do órgão com relação aos desdobramentos do caso”, diz a Genial.

“Enquanto isso, TIM, Vivo e Claro buscam na Justiça uma forma de evitarem qualquer prejuízo em decorrência da decisão, para colocar em prática os valores que acreditam ser justos para a continuidade de suas operações relacionadas aos serviços de roaming nacional. Mais informações sobre o caso devem ser divulgadas ao longo desta semana”, seguem os analistas da casa.

Apesar disso, a hipótese de cancelamento da compra da Oi móvel é considerada improvável.

Os analistas afirmam que como o fechamento do negócio já foi realizado: “A anulação da anuência prévia e consequente cancelamento da compra têm chances remotas de ocorrer em função dos inúmeros efeitos negativos que essa decisão iria gerar”.

Segundo a casa, nesse cenário a Oi não conseguiria sair da recuperação judicial. “Parte das suas dívidas já foram pagas para os respectivos credores e a migração da base de clientes já está em andamento. Assim, acreditamos que o caminho possível seja um meio termo entre as partes, sem a necessidade de revogação da decisão da venda da Oi Móvel”, concluem.

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Victória Anhesini

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