Porto Seguro (PSSA3) quer duplicar número de clientes em 5 anos, diz BTG

A Porto Seguro (PSSA3), segundo o chairman do Conselho de Administração, Bruno Garfinkel, procura renovar sua operação e duplicar o número de clientes dentro dos próximos cinco anos, alavancando a força da marca da companhia. O objetivo foi revelado ao banco BTG Pactual (BPAC11), que reportou em relatório a clientes.

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O executivo, que assumiu o posto de liderança na Porto Seguro há 18 meses, tem a missão de reorganização a alocação de ativos da companhia, disse o BTG. Atualmente, a Porto possui entre oito e nove milhões de clientes, e dobrar esse número seria ampliar os horizontes da empresa, que quer ir muito além de ser “apenas” seguro.

Para que o objetivo seja cumprido, segundo Garfinkel, a Porto fará uma mudança em sua cultura, passando de uma visão voltada ao negócio e a lucratividade, para uma abordagem centrada no cliente.

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Com isso, a direção da seguradora remodelaram as estruturas e métricas operacionais e os canais de distribuição para que quatro novos setores de crescimento estejam sob o radar da companhia:

  • Saúde;
  • Seguro;
  • Serviços financeiros;
  • Serviços em geral.

Garfinkel, que é filho do ex-presidente Jaime Garfinkel, entende como viável os objetivos traçados, mesmo que sejam agressivos. Os processo são possibilitados pelo reconhecimento da marca, uma multidão de corretores de seguros, uma forte parceria com o Itaú (ITUB4), ampla gama de clientes no varejo, além de uma avenida de crescimento em diversos setores que ainda não é o líder de mercado.

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Porto Seguro está otimista com braço de saúde

Segundo o chairman, o braço de saúde da Porto é a principal vertente para desloquear o valor da empresa. Enquanto a Porto negocia a 10 vezes seus lucros projetados para 2021, seus concorrentes no segmento possuem um valuation muito mais esticado, segundo o BTG.

Anos atrás, quando a Porto teve dificuldades regulamentares e vendeu seus planos individuais, havia tomado a decisão certa, diz o relatório. No entanto, o movimento fez florescer o crescimento de companhias com operações verticalizadas, como é o caso da Hapvida (HAPV3), por exemplo.

Com a chegada da telemedicina em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), Garfinkel entende que um novo momento disruptivo pode surgir no setor. “A Porto foi ‘vendedora’ do seu braço de saúde no passado, mas agora são compradores”, diz o relatório. Embora exista o otimismo com a operação, um spin off da unidade não é descartada.

A Porto também volta seu foco a M&As. Embora os quatro segmentos estratégicos sejam os mesmos dos setores de crescimento sob o radar, a estratégia pode ser implementada de duas formas.

A primeira é por meio do fundo de private equity criado recentemente. A companhia considera interessante testar novas ideias e como elas funcionam fora de sua estrutura, ainda sem manter o controle das empresas investidas. A segunda estratégia seria por meio de fusões e aquisições tradicionais.

O BTG diz que fica otimista com o futuro da seguradora, mas mantém a recomendação neutra para os papéis. O preço-alvo do banco para as ações da Porto Seguro é de R$ 62, o que perfaz um upside de 24,5% sobre a atual cotação, de R$ 49,77.

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Jader Lazarini

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