PetroRio (PRIO3), 3R (RRRP3) e PetroRecôncavo (RECV3): por que os analistas recomendam ‘petroleiras juniores’?

Diante de um cenário positivo para o setor de óleo e gás, mas com as incertezas diante da nova gestão da Petrobras (PETR4), o mercado está de olho nas ‘petroleiras juniores‘ que operam no País. Segundo os analistas do Bank of America (BOAC34) e do Goldman Sachs (GSGI34) passaram a mirar na PetroRio (PRIO3), 3R (RRRP3) e PetroRecôncavo (RECV3).

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De acordo com Francisco Blanch, estrategista global de commodities e derivativos do BofA, a demanda crescente por petróleo, liderada pela China e em conjunto com a disciplina da OPEP, deve sustentar os preços altos da commodity — o que torna os investimentos em empresas petrolíferas atraentes. Porém ele frisa que uma desaceleração econômica global pode levar ao abrandamento nos preços.

Enquanto isso, os analistas do Goldman lembram que apesar de a Petrobras ser o ativo mais buscado para quem quer investir em petróleo, a nova gestão põe em dúvida se haverá ou não intervenções políticas na estatal.

Por outro lado, eles lembram que as petroleiras juniores (PRIO3, RRRP3 e RECV3) não são de propriedade do governo e obtêm quase 100% de receitas de atividades de extração, desenvolvimento e exploração (upstream).

Em respectivas análises, o BofA e o Goldman Sachs explicaram o que tornam os ativos das empresas petroleiras atrativas. Confira a seguir:

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3 petroleiras juniores na mira dos analistas

1. PetroRio (PRIO3)

BofA: “A produção da PetroRio pode atingir 90 mil barris por dia no 1T23 com a incorporação do campo de Albacora Leste. [Além disso], as oportunidades de fusão e aquisição (M&A) serão avaliadas — o campo de Peregrino pode ser uma oportunidade no médio prazo. Por isso, reiteramos nossa classificação de compra.”

Goldman: “Temos classificação de compra do PRIO3 com base no crescimento sólido à frente e em nossa visão de que o empresa cumpriu metas de produção durante 2022, que por sua vez reduziu o risco de sua história de ramp-up na produção de ativos atuais e entrantes (Albacora Leste e Wahoo). Porém, acreditamos que os dados de produção dessa petroleira júnior no curto prazo não deve ser tão significativo para o PRIO quando comparado ao 3R.”

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2. 3R Petroleum (RRRP3)

BofA: “O novo CEO, Matheus Dias, e o COO, Maurício Diniz, devem liderar aumento de produção e workovers [intervenção em poços de petróleo]. Além disso, o fechamento do negócio em Potiguar previsto e as mudanças operacionais em Macau podem ser concluídas entre março e abril. Reiteramos nossa classificação de compra da 3R Petroleum.”

Goldman: “Também temos classificação de compra para RRRP3, refletindo nossa visão de que a petroleira júnior oferece uma recompensa de risco atraente daqui para frente. Esperamos que ela entregue o maior aumento de produção no comparativos com a PetroRecôncavo e a PetroRio, consolidando todas as suas recentemente aquisições de ativos (principalmente o ativo potiguar) e o fato de que o mercado não parece ter precificado totalmente esse perfil de produção.”

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3. PetroRecôncavo (RECV3)

BofA: “A aquisição da Maha deve ser concluída em março e essa petroleira júnior começa a estudar oportunidades exploratórias na Bacia do Recôncavo após recente M&A. Junto a isso, houve a paralisação das operações do polo Bahia Terra, que pode ter implicações no processo, mas a aquisição de mais equipamentos petrolíferos deverá continuar. Reiteramos nossa classificação de compra.”

Goldman: “Embora reconheçamos o longo histórico e a execução dessa petroleira júnior, estamos rebaixando o PetroRecôncavo para neutro, pois acreditamos que o mercado já precifica em mais de 100% sua produção em decorrência das atuais operações. Embora vejamos o possível fechamento da proposta de aquisição do polo Bahia Terra como um positivo estratégico, vemos melhores retornos em outras partes de nossa cobertura.”

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Janize Colaço

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