Petróleo tem queda de 3%, após China gerar cautela sobre demanda

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda forte nesta segunda-feira (15).

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A commodity esteve sob pressão e chegou a tocar mínimas desde janeiro, após indicadores que frustraram a previsão na China. Além disso, investidores continuavam a monitorar a possibilidade de aumento na oferta, sobretudo se o Irã conseguir retomar o acordo nuclear multilateral, o que permitiria que Teerã exportasse mais óleo.

O petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 2,91% (-US$ 2,68), em US$ 89,41 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para outubro recuou 3,11% (-US$ 3,05), a US$ 95,10 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A produção industrial chinesa desacelerou, com alta de 3,8% em julho, na comparação anual, abaixo da previsão de 4,5% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. As vendas no varejo do país cresceram 27% na mesma comparação, bem inferior à expectativa de alta de 5,0% dos analistas.

O país publicou dados fracos de investimentos em ativos fixos, com crescimento abaixo do esperado, e com recorde na taxa de desemprego entre os jovens, enquanto as vendas de moradia caíram.

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Alguns analistas reduziram por isso expectativas para o crescimento da China neste ano, enquanto outros pediam mais medidas oficiais para apoiar o quadro, além do corte de juros hoje anunciado.

Os dados da China reforçaram a cautela no mercado da commodity, reforçando a queda do petróleo, pelos riscos à demanda. Durante a sessão, os contratos do óleo chegaram a cair mais de 5%, mas houve espaço para redução das perdas antes do encerramento.

O TD Securities afirma em relatório que os dados da China “detonaram novas preocupações sobre a demanda”. O banco comenta que há também um crescente foco sobre um potencial acordo com o Irã.

Caso isso se concretize, o petróleo tenderia a enfrentar mais fraqueza, com queda considerável no prêmio de risco do lado da oferta no mercado atual. Hoje, o Irã sinalizou que pode concordar com a iniciativa, mas ressaltou que os EUA precisam atender suas exigências.

(Com informações Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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