Petroleiros da Petrobras (PETR4) aprovam paralisação contra privatizações

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), junto a sindicatos de funcionários da Petrobras (PETR4), anunciou uma paralisação nacional para a próxima sexta (24). Segundo o comunicado da entidade, o protesto acontecerá para impedir a gestão atual da estatal de prosseguir com as privatizações.

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Segundo a FUP, com quase três meses de governo Lula, a diretoria e o Conselho de Administração da Petrobras ainda seguem “ocupados por indicados de Bolsonaro”. Diante disso, impedir a venda dos ativos e as privatizações tornou-se uma “luta contra o tempo”.

“Na sexta (24), trabalhadoras e trabalhadores petroleiros de todo o Brasil irão cruzar os braços em uma grande paralisação nacional, exigindo a suspensão das privatizações e a saída da gestão bolsonarista. Tá na hora da turma do Jair já ir embora.”

Petrobras não vê fundamento para suspensão da venda de ativos

Petrobras respondeu na sexta-feira (17) o ofício do Ministério de Minas e Energia (MME), que solicitava a suspensão da venda de ativos por 90 dias. De acordo com a estatal, após estudo preliminar, não foram verificados fundamentos que justifiquem a interrupção dos contratos assinados.

“Procedemos o estudo preliminar sobre os processos de desinvestimentos em curso e, até o momento, não verificamos fundamentos pelos quais os projetos em que já houve contratos assinados (signing) devam ser suspensos. Os processos em que não houve contratos assinados seguirão em análise”, diz o comunicado da Petrobras.

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No início deste mês, o MME pediu a suspensão dos contratos de ativos da Petrobras para reavaliar a Política Energética Nacional e da nova composição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Atualmente, a Petrobras tem cinco contratos assinados, ainda em negociação. Sendo eles:

  • Refinaria Lubnor (Ceará): em US$ 34 milhões para a Grepar Participações;
  • Polo Potiguar (Rio Grande do Norte): em US$ 1,38 bilhão para a 3R Petroleum (RRRP3);
  • Polo Norte Capixaba (Espírito Santo): em US$ 544 milhões para a Seacrest;
  • Polos Golfinho e Camarupim (Espírito Santo): em US$ 75 milhões para a BW Energy;
  • Campos de Pescada, Arabaiana e Dentão (Rio Grande do Norte): em US$ 1,5 milhão para a 3R Petroleum.

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Janize Colaço

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