Dividendos da Petrobras (PETR4): Prates diz que investidor tem a vantagem de ser ‘sócio do Estado’

Em meio a dúvidas sobre a política de dividendos da Petrobras (PETR4), o presidente da estatal, Jean Paul Prates, destacou que o diálogo entre conselho, assembleia e diretoria, em prol da remuneração dos acionistas, é o caminho mais equilibrado e que será adotado em sua gestão. Isso porque, em suas palavras, o investidor precisa experimentar a “vantagem de ser sócio do Estado”.

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Em teleconferência com analistas sobre os resultados do quarto trimestre da Petrobras, Prates afirmou que é possível dialogar antes de tomar decisões que podem desagradar os investidores. Segundo ele, sua gestão será focada em uma relação mais “fluida” entre o conselho e investidores.

Essa fluidez, segundo Prates, é para garantir o atual investidor da Petrobras vivencie a vantagem de ser sócio do Estado, visto que empresa tem um papel relevante tanto para o setor petroquímico quanto para a economia brasileira.

Ser sócio de uma empresa grande como a Petrobras tem de ser bom para o investidor, uma vantagem para ele. Não pode ser um ônus. Tem que ser um bônus e é isso o que queremos levar adiante.

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E os dividendos da Petrobras?

Já em relação ao pagamento de dividendos da Petrobras, o presidente questionou o percentual de distribuição. “Tenho dúvidas se há regras muito rígidas em termos de percentuais de distribuição. Eles mudam, as circunstâncias e projetos mudam, mas iremos compor essa relação conjuntamente aos investidores, com muito diálogo.”

Quanto ao valor robusto dos proventos, o presidente da Petrobras novamente, destacou que a estatal vive hoje “circunstâncias diferentes” em relação ao que possibilitou o desempenho e lucratividade entre 2021 e o ano passado. Apesar disso, Prates ressalta que a companhia busca “continuar ter lucros auferidos como agora”.

“Tivemos circunstâncias importantes e definidoras nos últimos dois anos. Vivenciamos o pós-covid e a retomada da economia mundial e brasileira, além do ramp up do preço do petróleo e da aceleração do consumo de produtos derivados do petróleo e energia como um todo após uma queda”, explica o presidente da Petrobras.

Novamente destacando a relação equilibrada e de diálogo entre investidores e administração da empresa, Prates afirmou que as decisões sobre a distribuição de dividendos será em conjunto, de maneira que não comprometa bons projetos e remunere os acionistas.

“O investidor decide se quer estar conosco ou se quer ficar com o dividendo de curto prazo. As circunstâncias mudam, a conjuntura muda, os projetos mudam”, disse.

A fala de Prates pode indicar que a distribuição de dividendos continuará, mas o foco irá além da remuneração de acionistas. Durante a teleconferência, o mandatário destacou projetos e investimentos futuros da Petrobras, que visam colocar a estatal em papel de competitividade na busca por novas reservas de petróleo e a entrada em outras fontes de energia, como eólica offshore e hidrogênio.

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Janize Colaço

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