Petrobras (PETR4): investimentos no 2T21 chegaram a US$ 2,4 bi e superaram venda de ativos

A Petrobras (PETR4) divulgou comunicando nesta segunda (16) estipulando o total de investimentos realizados no segundo trimestre de 2021. Segundo a nota, a estatal aplicou US$ 2,4 bilhões em recursos para operações da companhia. O número representa aumento de 22% no total em 12 meses.

Esse volume de investimentos foi também, segundo a petroleira, superior à venda de ativos no mesmo período, que somou US$ 301 milhões.

Com esses números, a empresa reverte o quadro de retração do ano passado, período em que a economia foi mais fortemente impactada pela pandemia de covid-19.

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Projetos de expansão

“Isso demonstra que a Petrobras está investindo mais que desinvestindo, realocando melhor seus recursos e construindo um portfólio de projetos e ativos de alta qualidade, rentáveis, resilientes e que geram valor”, destacou, no comunicado, o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Rodrigo Araujo.

Segundo a Petrobras, mais da metade dos investimentos realizados no segundo trimestre de 2021 foram aplicados em projetos de expansão, principalmente, para aumentar a capacidade de ativos existentes, implantar novos ativos de produção, escoamento e armazenagem, aumentar eficiência ou rentabilidade e implantar infraestrutura essencial para viabilizar outros projetos de crescimento.

Dos US$ 2,4 bilhões investidos, o segmento de Exploração e Produção ficou com US$ 1,9 bilhão, dos quais aproximadamente 60% foram gastos em projetos de expansão.

Esses investimentos concentraram-se no desenvolvimento da produção em águas ultraprofundas do polo pré-sal da Bacia de Santos (US$ 900 milhões) e no desenvolvimento de novos projetos em águas profundas.

Além do FPSO Carioca, que inicia a produção no Campo de Sépia em agosto, a Petrobras ainda prevê a entrada em operação de mais 12 FPSOs até 2025. O FPSO do Projeto Integrado do Parque das Baleias, em fase de contratação, e outras 11 novas plataformas que já estão em fase de execução.

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Petrobras: Bacia de Campos tem monitoramento integral

O investimento de cerca de R$ 10 milhões feito pela Petrobras no aprimoramento do Centro de Operações Integradas (COI) na Bacia de Campos “ampliou os links de transmissão de dados, além de usar aplicativos mais robustos para a transmissão desses dados, que são fundamentais para o monitoramento da produção”, disse hoje (16) à Agência Brasil o gerente Setorial da companhia, Alexandre Barbosa da Silveira.

O COI monitora a produção das 28 plataformas da Petrobras situadas na Bacia Campos, 24 horas por dia, sete dias por semana, em tempo real, reconhecendo tudo que acontece na plataforma e toda a tratativa necessária para resolução de problemas.

O sistema acompanha instantaneamente os parâmetros de produção de 190 poços de petróleo operados na Unidade de Negócios da Bacia de Campos (UN-BC) e evita a parada temporária das plataformas, além de acompanhar as operações e localização dos navios-tanques e embarcações de suprimentos.

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Controle remoto

As melhorias trouxeram não só a ampliação da estrutura física, cuja área passou de 500 metros quadrados para 2 mil metros quadrados, elevando com isso o número de estações de trabalho, que subiram de 30 para 50, mas foi aumentado também o tamanho do videowall (monitores conectados em uma grande tela), em que são colocadas as aplicações que monitoram toda a parte de produção e escoamento de óleo e gás, as variáveis logísticas e de aliviadores de petróleo, monitoramento de plantas de processo.

“Tudo isso a gente consegue acompanhar tanto no microcomputador do posto de trabalho, como nas grandes telas do videowall onde ficam disponíveis as informações para todos que estão na sala, no que chamamos de gestão à vista”, disse Silveira.

O investimento de R$ 10 milhões permitiu também que se ampliasse a quantidade de salas de controle remoto das plataformas, que foram instaladas em terra.

“Ou seja, são salas munidas de equipamentos capazes de monitorar e controlar as plataformas de maneira remota, aqui de terra, de onde se pode abrir ou fechar uma válvula, ligar ou desligar uma bomba. Eu controlo, de fato, toda a plataforma aqui de terra”, destacou Silveira.

No passado, havia somente quatro plataformas sendo controladas, número que hoje subiu para 11 controladas remotamente. Alexandre Silveira disse que, com isso, economizaram-se vagas a bordo e reduziu-se a exposição a risco dos operadores com esse trabalho em terra.

“O ambiente é totalmente igual ao que existe a bordo offshore (no mar), e todos os acessos de rádio e interfone estão disponíveis para o operador aqui, simulando exatamente o ambiente de trabalho que ele tinha na época em que trabalhava embarcado”, explicou.

Há acesso ainda a todas as imagens do sistema de vídeo da plataforma, o que permite ao operador atuar de maneira mais segura e eficiente.

Para a Petrobras, a diminuição de equipe embarcada, reduzindo a exposição a risco ocupacional e mantendo o nível de qualidade e segurança, é uma das vantagens desse modelo.

Petrobras: próximo passo

Segundo Silveira, outras melhorias estão sendo promovidas no COI, com inovações tecnológicas, como a adoção de sistemas de comunicação e de reuniões virtuais que estão sendo implementadas no dia a dia.

Está se investindo também em segurança operacional, de modo a trazer mais robustez para as operações. Os investimentos estão sendo feitos cada vez mais em tecnologia de imagens dentro das plataformas, de modo a fazer contato e a interagir com o operador que está lá, corrigindo algum desvio eventual, assessorando e auxiliando da terra o operador, em uma intervenção dentro da plataforma.

Outro trabalho na Petrobras é feito com simuladores e com manutenção e criação de células de sistemas com inteligência artificial (IA), “aprendendo com nossos erros e tomando as decisões automáticas, bem mais rápidas que o ser humano, além do uso de robotização no processamento de dados, com o objetivo de tornar as operações mais seguras”, acrescentou Silveira.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Redação Suno Notícias

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