Petrobras (PETR4): Fazenda já conta com 100% dos dividendos extraordinários em 2024

Segundo declarações do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o Ministério da Fazenda está contando com a distribuição de 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) neste ano de 2024.

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No total, os dividendos extraordinários da Petrobras em 2024 devem gerar R$ 14 bilhões para o Governo.

“Nós consideramos como cenário provável a distribuição dos 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras”, disse Ceron em entrevista nesta quarta-feira (22).

A última vez que a Petrobras teve dinheiro em caixa para esse tipo de distribuição foi à época da divulgação do balanço do quarto trimestre de 2023, em meados de março.

A decisão do Conselho da companhia foi de reter cerca de R$ 42 bilhões – o que causou um impacto drástico nas ações PETR4 e fez a companhia perder dezenas de bilhões em valor de mercado, amargando sucessivas quedas por conta da perda de credibilidade.

Posteriormente a companhia optou por pagar 50% desse valor, cerca de R$ 22 bilhões. No total, foram R$ 6,3 bilhões que foram para os cofres do Governo Federal.

A outra metade dos dividendos segue retida em um fundo de reserva de remuneração de acionistas da estatal.

Pela regra esses recursos só podem ser destinados para remunerar aos acionistas, mas não há prazo estabelecido para que a companhia faça isso.

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‘É um cenário que consideramos provável’, diz Ceron sobre os dividendos da Petrobras

Ceron declarou que o Tesouro espera uma manifestação do Conselho e com a ata de assembleia dos acionistas que virão a sinalizar uma distribuição de 100% do valor até o fim do ano.

“Não se trata de nenhum tipo de pressão ou qualquer coisa que o valha, a equipe econômica sempre tem sido muito cuidadosa com todos os assuntos, e esse inclusive. Simplesmente é um cenário que consideramos provável de acontecer durante o exercício”, disse o Secretário do Tesouro.

A disputa em torno dos dividendos, vale destacar, foi motivo de queda de braço entre Haddad e Prates – que defendiam a distribuição – e Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (MME) – que defendiam a retenção.

Após a divulgação do último balanço trimestral, Jean Paul Prates foi demitido por Lula. Magda Chambriard foi indicada pelo MME e deve passar pelo crivo da Petrobras em breve, assumindo a cadeira de CEO da petroleira.

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Eduardo Vargas

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