Como estatal na bolsa, Petrobras (PETR4) não satisfaz ninguém, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, novamente falou sobre a possível privatização da Petrobras (PETR4), questionando as vantagens de a companhia ser uma estatal mas listada em Bolsa.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-4.png

“A estatal listada em Bolsa ajuda a sociedade, derruba os preços e acaba quebrando, como no governo passado? Ou vira de mercado, bota o preço lá em cima e – entre aspas – aperta o consumidor, como está acontecendo agora com o petróleo? A Petrobras não satisfaz ninguém, e a bomba fica no colo do governo”, afirmou Guedes.

Ele sinalizou que o Estado deveria vender de vez a companhia antes que a era do petróleo chegue ao fim.

“O mundo inteiro está indo em direção ao verde e ao digital. O futuro não é com a mão suja de graxa, como diz um ex-presidente aí que fala que quer a Petrobras de volta. De volta para quê, para saquear? Para quê, se o futuro é verde? Vai morrer sentado em cima desse petróleo valendo zero”, disse.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

Para ele, a Petrobras está sob risco porque daqui a “cinco ou dez anos” o mundo fará a migração para o carro elétrico.

“Até os Emirados Árabes fizeram melhor, tiraram o petróleo e fizeram cidades no deserto. Mas nós não tiramos o petróleo do chão na velocidade necessária para erradicar a pobreza”, completou.

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro se queixam dos aumentos de preços nos combustíveis feitos pela estatal, que atrela o valor ao mercado internacional (dólar e cotação do petróleo). Bolsonaro já disse que pretende mudar a política de preços da estatal.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop-1.jpg

Guedes participou da divulgação do Indicador de Governança das Estatais, que verifica o cumprimento de diversos dispositivos legais, infralegais e de boas práticas de governança corporativa. No total, 60 estatais foram avaliadas, sendo 45 de controle direto e 15 subsidiárias.

O ministro elogiou o desempenho das estatais no governo Bolsonaro, mas considerou que “não se pode relaxar” para que esses resultados positivos se percam. “As estatais bem geridas geram excelentes resultados, que vão pelo ralo quando carregam as estatais deficitárias”, completou.

Mais uma vez o ministro defendeu a venda de ativos da União que seriam menos rentáveis que a própria rolagem da dívida pública. “Temos R$ 2 trilhões em ativos e o povo comendo ossos, tem algo errado. O povo passando fome e a nós nos endividando em bola de neve carregando ativos menos rentáveis que dívida”, acrescentou.

Petrobras avança em desinvestimento com refinarias

Recentemente a estatal finalizou a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e seus ativos logísticos associados, para a MC Brazil Downstream, empresa do grupo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos.

A operação foi concluída com o pagamento de US$ 1,8 bilhão. O  valor equivale ao preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente “em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação.

O contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que se espera seja apurado nos próximos meses”, explica o fato relevante arquivado pela Petrobras na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Com informações do Estadão Conteúdo

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Eduardo Vargas

Compartilhe sua opinião