Grana na conta

‘Compre Petrobras (PETR4) apesar das eleições’, diz Goldman Sachs

O Goldman Sachs reiterou sua visão otimista para a Petrobras (PETR4) em relatório publicado nesta quarta (5), mesmo em meio à volatilidade ocasionada pela corrida eleitoral. A recomendação é de compra para as ações da empresa, com estimativa de um preço justo de R$ 31,70 para os papéis.

Veja o Morning Call desta quinta-feira (06/10)

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Ou seja, o preço-alvo para as ações da Petrobras fica abaixo da cotação atual, de cerca de R$ 32,80, e 1,1% acima da cotação do fechamento antes da análise do GS, de R$ 31,37.

Segundo os analistas, após o processo eleitoral, a empresa enfrentará ‘um novo ciclo em 2023’. No documento, o Goldman Sachs destaca que a intenção ‘não é negar riscos’, mas fornecer uma boa perspectiva sobre o futuro da empresa.

“A nossa conclusão principal é de que, sob o ponto de vista operacional, o ‘usptream’ da empresa [termo que designa a parte da cadeia produtiva que antecede o refino do petróleo] está muito melhor, mostrando custos menores, Capex menor e um forte fluxo de caixa livre (FCF)”.

Os analistas apontam que, apesar do risco de as eleições afetarem a Petrobras, a posição financeira da empresa é confortável no momento.

Dentre os pontos positivos e atrativos, seguem os dividendos da Petrobras, que devem ter um patamar menor em 2023, mas ainda relativamente alto. A projeção da casa é de 30% de dividend yield (DY) para o ano de 2023.

Dentre os riscos citados pelo Goldman Sachs estão:

  • Cotação do petróleo Brent abaixo do esperado
  • Apreciação do real ante o dólar
  • Produção menor do que a esperada
  • Intervenções do Governo no preço dos combustíveis

Nesse cenário, o Goldman Sachs destaca que as possibilidades de mudanças no governo Federal devem manter a volatilidade das ações PETR4 alta, mas ainda assim reitera os indicadores financeiros como suficientemente bons.

“No ano que vem Petrobras iniciará um novo ciclo sob um novo governo que irá escolher entre a consolidação de retornos de capital consistentes para os investidores ou a implementação de medidas destinadas a reduzir os preços dos combustíveis e aumentar os investimentos em energias renováveis (onde a empresa tem um histórico limitado) e no segmento de refino”, dizem os analistas.

Desta forma, apesar de a alavancagem da Petrobras estar em patamar semelhante ao início do ciclo anterior, em meados de 2011, o fluxo de caixa livre é muito superior, mostrando perspectivas melhores.

Isso se dá pois a empresa “colhe os investimentos no pré-sal que foram feitos na última década” e também desempenha com base nas mudanças feitas em meados de 2016, quando a empresa passou a seguir o Preço de Paridade de Importação (PPI).

Além disso, a casa destaca que a Lei das Estatais fornece proteção suficiente caso o Planalto queira interferir no preço dos combustíveis.

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Novos dividendos da Petrobras

Para o próximo pagamento de dividendos, os analistas estimam um yield de 12%, considerando o resultado financeiro da empresa que ainda será publicado, referente ao terceiro trimestre de 2022.

Já para o quarto trimestre, a expectativa é de dividendos que representem um yield de 7%.

Atualmente, a empresa é considerada a maior pagadora de dividendos do mundo, segundo informações da gestora britânica Janus Henderson.

Isso pois o DY anualizado da Petrobras, conforme dados do Status Invest, é de 50,8%.

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Eduardo Vargas

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