Petrobras (PETR4) diz que Bolsonaro não tem informação privilegiada, apesar de antecipar reajustes

A Petrobras (PETR4) declarou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que o presidente Jair Bolsonaro não possui informações privilegiadas e que o comentário do mandatário no domingo (24), antes dos reajustes dos combustíveis, foi na verdade uma expectativa de aumento.

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Segundo a Petrobras, a manifestação do presidente não teve especificação de produto, data ou valor do possível aumento e, portanto, reafirma que não houve informações privilegiadas.

No domingo, o presidente Bolsonaro disse durante um evento em Brasília que “infelizmente, pelos números do preço do petróleo lá fora e do dólar aqui dentro nos próximos dias, a partir de amanhã, infelizmente teremos reajuste do combustível“. A respeito dessa manifestação pública a CVM solicitou explicações à estatal petrolífera sobre a antecipação do preço dos combustíveis.

No dia seguinte, segunda-feira (25), a Petrobras anunciou o reajuste de preços da gasolina e do diesel, que passaram a vale na terça-feira (26). Com isso, o aumento na gasolina foi de R$ 0,21 por litro, passando de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro. Isso resulta em um aumento de R$ 0,15 por litro nos postos de combustível.

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No caso do diesel, o impacto na bomba foi de R$ 0,24 por litro. O preço médio de venda da estatal para as distribuidoras sairá de R$ 3,06 para R$ 3,34.

Em seu comunicado, a Petrobras aponta ainda que as possíveis análises sobre aumento de combustíveis são perceptíveis, uma vez que, a imprensa noticia sobre a cotação do petróleo e do dólar.

“A companhia esclarece, que a influência do movimento internacional de petróleo e da taxa de câmbio nos preços de seus produtos é constantemente analisada pelos participantes do mercado e noticiada pela imprensa.”

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De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura, por mais que a estatal tenha reajustado, novamente, o preço dos combustíveis, ainda existe uma defasagem em relação ao mercado internacional. A defasagem é cerca de 21% para gasolina e de 19% para o diesel.

Última cotação da Petrobras

Na última sessão, terça-feira (26), as ações da Petrobras encerraram o pregão em queda de 0,96%, negociadas a R$ 28,76.

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Poliana Santos

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