Petrobras (PETR4) terá ‘elevado pagamento de dividendos’ após 2T22, diz BB-BI

Com recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4), os analistas do BB Investimentos preveem uma ‘entrada com foco nos dividendos mais atrativa no curto prazo‘.

Confira os dados de produção da Petrobras

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O resultado da Petrobras será divulgado na próxima quinta-feira (28), uma semana após a divulgação da prévia operacional da companhia.

“Com base na produção e vendas do trimestre e nos patamares de câmbio e petróleo observados ao longo do período, esperamos que o 2T22 traga um excelente resultado econômico-financeiro para a companhia, que se encontra com elevado patamar de desconto (EV/EBITDA de 2,0x) e perspectiva de continuidade no pagamento de elevado volume de dividendos”, afirma o analista Daniel Cobucci.

“Entendemos que esse patamar de desconto se deve ao risco político, usual em estatais com a proximidade das eleições, assim como pela pressão oriunda dos impactos dos elevados preços de derivados no mercado doméstico. Entretanto, cabe observar que os preços de petróleo arrefeceram nas últimas semanas, além de ter entrado em vigor a diminuição do ICMS”, acrescenta.

Vendo os números da prévia operacional da empresa, a casa avalia o volume de vendas de derivados com “uma performance mediana”.

Os analistas destacam que as exportações de petróleo e derivados tiveram um aumento de 2,4% no comparativo trimestral, mas uma queda de 22% na comparação anual.

Atualmente a recomendação é de compra para as ações da Petrobras, mirando um preço-alvo de R$ 38,50 para o ano de 2022, com potencial de valorização na casa dos 30%.

Segundo dados do Status Invest, os papéis PETR4 ostentam um dividend yield (DY) na casa dos 40%. As ações preferenciais da Petrobras fecharam em forte alta de 4,67%, a R$ 30,70, maior ganho do Ibovespa nesta segunda (25). Os papéis PETR3 avançaram 4,32%, negociados a R$ 33,31.

Veja mais dados de produção da Petrobras

A estatal divulgou na última quinta (21) que teve no segundo trimestre de 2022 produção média comercial de 2,334 milhões de barris diários de óleo equivalente, queda de 6% em relação a igual período em 2021.

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Sobre o trimestre anterior, o 1T22, a retração foi de 5,2%, disse a companhia em seu relatório de produção. No total, incluindo a parcela que não é comercializada, a produção da Petrobras foi de 2,653 milhões de boe/d, queda de 5,1% ante o 2T21.

A produção brasileira de petróleo foi de 2,114 milhões de barris por dia (bpd), equivalente a um recuo de 5% sobre a comparação anual. Já a produção interna de gás natural foi de 502 milhões boe/d, baixa de 4,9% na mesma base comparativa.

No pré-sal, foram extraídos 1,609 milhão de bpd no segundo trimestre de 2022, recuo de 0,7% ante o segundo trimestre de 2021.

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No relatório, a Petrobras afirma ainda que a produção de derivados subiu 1,7% ante o 2T21, para 1,771 milhão de bpd. O total de vendas de derivados caiu 2,4% na comparação interanual. Já o fator de utilização da capacidade das refinarias ficou em 89% no segundo trimestre do ano.

Outros destaques do relatório da Petrobras:

  • A produção da Petrobras do pós-sal no 2T22 foi de 434 mil bpd, 7,1% abaixo do 1T22, devido, principalmente, ao maior volume de perda de produção decorrente de paradas para manutenção e intervenções
  • No segundo trimestre, a produção em terra e águas rasas, por sua vez, foi de 71 mil bpd, 11 mil bpd abaixo do 1T22, em razão de desinvestimentos, paradas e declínio natural de produção
  • A produção no exterior foi de 37 mil boed, em linha com o 1T22

As ações preferenciais da Petrobras fecharam o pregão do dia de divulgação dos números em queda de 0,51%, a R$ 29,02. Atualmente, os papéis são negociados a R$ 30,29, com alta de 6% nos últimos cinco pregões.

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Eduardo Vargas

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