Petrobras (PETR4): produção total do 2T22 tem queda de 5,1% na comparação anual

A Petrobras (PETR4) divulgou nesta quinta-feira (21) que teve no segundo trimestre de 2022 produção média comercial de 2,334 milhões de barris diários de óleo equivalente, queda de 6% em relação a igual período em 2021. Sobre o trimestre imediatamente anterior, a retração foi de 5,2%, disse a companhia em seu relatório de produção. No total, incluindo a parcela que não é comercializada, a produção da Petrobras foi de 2,653 milhões de boe/d, queda de 5,1% ante o 2T21.

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A produção brasileira de petróleo foi de 2,114 milhões de barris por dia (bpd), equivalente a um recuo de 5% sobre a comparação anual. Já a produção interna de gás natural foi de 502 milhões boe/d, baixa de 4,9% na mesma base comparativa.

No pré-sal, foram extraídos 1,609 milhão de bpd no segundo trimestre de 2022, recuo de 0,7% ante o segundo trimestre de 2021.

No relatório, a Petrobras afirma ainda que a produção de derivados subiu 1,7% ante o 2T21, para 1,771 milhão de bpd. O total de vendas de derivados caiu 2,4% na comparação interanual. Já o fator de utilização da capacidade das refinarias ficou em 89% no segundo trimestre do ano.

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Outros destaques do relatório da Petrobras:

  • A produção da Petrobras do pós-sal no 2T22 foi de 434 mil bpd, 7,1% abaixo do 1T22, devido, principalmente, ao maior volume de perda de produção decorrente de paradas para manutenção e intervenções;
  • No segundo trimestre, a produção em terra e águas rasas, por sua vez, foi de 71 mil bpd, 11 mil bpd abaixo do 1T22, em razão de desinvestimentos, paradas e declínio natural de produção;
  • A produção no exterior foi de 37 mil boed, em linha com o 1T22.

Queda na produção média de óleo da Petrobras

A Petrobras aponta queda de 5,1% na produção média de óleo, líquidos de gás natural (LGN) e gás natural, no 2T22 sobre o 1T22.

A diminuição ocorre por três motivos, de acordo com a petroleira:

  • O início de vigência do Contrato de Partilha de Produção dos Volumes de Excedente da Cessão Onerosa de Atapu e Sépia, com impacto no 2T22 de 90 mil boed no volume de produção que cabe à Petrobras destes campos;
  • Do maior número de paradas para manutenções e intervenções. Entre as paradas, tivemos maior impacto com as plataformas P-70 (Atapu), FPSO Cidade de Anchieta (Jubarte), FPSO Cidade de Maricá (Tupi), P-76 e P-74 (Búzios), P-51 (Marlim Sul), P-61 (Papa-terra), P-25 e P-31 (Albacora);
  • Efeitos parcialmente compensados pelo início de produção do FPSO Guanabara, no campo de Mero, e a continuidade dos ramp-ups dos FPSOs Carioca, no campo de Sépia e P-68, nos campos de Berbigão e Sururu.

Outro aspecto apontado pela Petrobras foi a produção nos campos do pré-sal, que alcançou 1.609 mil bpd, um volume 4,3% abaixo do 1T22, devido aos motivos destacados anteriormente, e ainda, causado também pelo início de descomissionamento do FPSO Capixaba, que encerrou o ciclo de produção no campo de Jubarte, no pré-sal da Bacia de Campos.

“O descomissionamento da unidade faz parte do Projeto Integrado Parque das Baleias (IPB), que irá recuperar sua produção com a transferência de poços para a plataforma P-58 e uma nova plataforma, o FPSO Maria Quitéria, com início de operação previsto para 2024”, diz o relatório.

As plataformas que operam atualmente no campo de Jubarte, além da P-58, são a P-57 e o FPSO Cidade de Anchieta.

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Petrobras: no final de junho, fator de utilização das refinarias atingiu 97%

A Petrobras informou que atingiu um fator de utilização total (FUT) nas refinarias de 97% no fim de junho. Na média do segundo trimestre, porém, o indicador foi de 89%.

A progressão no desempenho das refinarias, informou a Petrobras em nota, se deve a conclusão das paradas programadas de manutenção da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São Paulo, e da refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro. A companhia destacou, também, o bom funcionamento da Refinaria de Paulínia (Replan), também em São Paulo, a maior do país e responsável por processar 20% da carga do parque de refino.

“Esse desempenho permitiu maior produção, com rendimento de diesel, gasolina e QAV de 67% no segundo trimestre, em linha com o primeiro trimestre do ano, aproveitando condições favoráveis de mercado”, informou a Petrobras.

Com relação a de diesel e gasolina, a Petrobras informou ter alcançado 62% de rendimento no segundo trimestre desse ano, acima da média de 60% dos últimos 3 anos.

A companhia informo ainda que, no terceiro trimestre desse ano, há previsão de paradas programadas de manutenção, com destaque para a pausas em setores da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais; da Refinaria de Paulínia (Replan); e da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, que também vai entrar pelo quarto trimestre.

Vendas de combustíveis

Sobre combustíveis, a Petrobras registrou diminuição de 6,6% nas vendas de gasolina no 2T22 sobre o 1T22, devido ao início da safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul e consequente aumento da oferta de etanol.

Entretanto, as vendas acumuladas no primeiro semestre foram 6,5% maiores que as do mesmo período de 2021, principalmente por conta de um ganho de participação da gasolina sobre o etanol hidratado em veículos flex.

Já as vendas de diesel cresceram 4,7% em relação ao primeiro trimestre, em especial pela sazonalidade de consumo, em função da redução da atividade econômica típica do início do ano e do início da colheita agrícola da segunda safra de milho a partir de junho.

Cotação da Petrobras

As ações preferenciais da Petrobras encerraram o pregão desta quinta (21) em queda de 0,51%, a R$ 29,02.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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