Petrobras (PETR4) salta na Bolsa de Valores hoje (1º); o que aconteceu?

As ações da Petrobras (PETR4) subiram forte nesta quinta-feira (1º), após comunicado emitido pela empresa confirmando sua reunião com executivos do fundo Apollo e da Adnoc, e em meio aos esclarecimentos da companhia a respeito da Braskem. O papel da estatal teve ainda o estímulo do preço da cotação do petróleo.

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Teve mais: “A divulgação do PIB fortaleceu os mercados, que junto com a última divulgação do IPCA-15 vindo melhor que o esperado, cria o cenário perfeito para os mercados se animarem e os juros caírem. Além disso, tivemos também os leilões de títulos prefixados do governo no dia de hoje, que foram negociados na mínimas do ano, o que corrobora para o fechamento na curva de juros”, diz Lucas de Caumont, estrategista de investimentos da Matriz Capital.

As ações da Petrobras do tipo preferencial, negociadas sob o ticker PETR4, fecharam em alta de 3,2% no pregão de hoje (1º), operando em linha com o Ibovespa, que encerrou com alta de 2,06%, aos 110.564,66 pontos.

Já as ações ordinárias da Petrobras, com o ticker PETR3, tiveram ganho diário de 2,91%, a R$ 30,06, abrindo o mês de maio com um desempenho positivo na Bolsa de Valores Brasileira (B3).

Petróleo fecha em alta de 2%, com melhora no apetite por risco e de olho na reunião da Opep+

O petróleo também contribuiu para os ganhos da Petrobras no Ibovespa hoje. A commodity fechou em alta de mais de 2% nesta quinta-feira, acompanhando a melhora no apetite por risco em Wall Street diante de sinais de resiliência do mercado de trabalho dos EUA e de expansão no setor industrial da China. O mercado de energia também pondera sobre a possibilidade de novos cortes produtivos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

O contrato do WTI para julho fechou em alta de 2,95% (US$ 2,01) a US$ 70,10 por barri, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto subiu 2,31% (US$ 1,68), a US$ 74,28 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os contratos mais líquidos do petróleo iniciaram o pregão em alta, impulsionados pela aprovação do teto da dívida na Câmara dos Representantes dos EUA e pela expansão do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China, segundo leitura final da S&P Global. O óleo ganhou força ao longo da manhã, acompanhando o enfraquecimento do dólar no exterior e melhora no apetite por risco, diante da resiliência do mercado de trabalho americano e expectativas por pausa no aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Além disso, analistas apontam que o investidores de energia ainda estão incertos sobre o que esperar da próxima reunião ministerial da Opep+. Quatro fontes informaram à Reuters que é pouco provável que o cartel intensifique redução na oferta, apesar da recente queda nos preços do petróleo.

Analista da Oanda, Edward Moya afirma que, se os preços continuarem sobre pressão significativa, os sauditas podem tentar convencer aliados a concordarem com algum corte modesto. “A Opep+ tem tido sucesso principalmente no controle de preços e este pode ser um momento de vida ou morte se o Brent não conseguir manter o nível de US$ 70”, avalia Moya.

Na visão da Capital Economics, a demanda por petróleo nos EUA continua forte no quadro geral, o que não justificaria novos cortes produtivos pela Opep+ nesta reunião.

Nesta quinta, o Departamento de Energia dos EUA relatou que os estoques de petróleo subiram 4,489 milhões de barris na semana encerrada em 26 de maio, a 459,657 milhões de barris. Já os estoques de gasolina tiveram queda de 207 mil barris na semana, a 216,07 milhões de barris.

Petrobras nega decisão sobre Braskem

A Petrobras (PETR4) confirma que se reuniu com executivos do fundo Apollo e da Adnoc, e que houve a discussão sobre a posição da petroleira sobre os temas que estão sendo veiculados na mídia sobre sua participação societária na Braskem (BRKM5).

A Petrobras reafirmou que não está conduzindo nenhuma estruturação de operação de venda no mercado privado e que a diretoria executiva e o conselho de administração da companhia não tomaram quaisquer decisões sobre o processo de venda ou aumento de participação na Braskem.

A companhia esclareceu ainda que as decisões sobre investimentos e vendas de ativos são analisadas de forma criteriosa com estudos técnicos, e que devem estar alinhados às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis.

Os esclarecimentos da Petrobras acontecem em um momento de análise para elaboração do seu Plano Estratégico 2024-28. A empresa ainda acrescenta que “fatos julgados relevantes sobre o tema serão tempestivamente divulgados ao mercado”.

Ainda nesta quinta-feira (1º), a Braskem divulgou os esclarecimentos da Petrobras ao mercado sobre o assunto, após ter solicitado à empresa explicações sobre os temas veiculados na mídia.

Além da Petrobras, a Braskem também informou que vai manter o mercado informado sobre desdobramentos relevantes, em cumprimento com as legislações aplicáveis e que vai seguir apoiando seus acionistas.

Com Estadão Conteúdo

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João Vitor Jacintho

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