Petrobras (PETR4): Bolsonaro diz que não vai interferir e culpa corrupção por alta nos preços

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (21) que não vai interferir na política de preços da Petrobras (PETR4) e culpou a corrupção na estatal pela alta no preço dos combustíveis. Além disso, em entrevista à Jovem Pan, o presidente voltou a questionar o valor do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado pelos estados.

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“Alguns querem que a gente interfira na Petrobras. Não pode fazer isso. Até porque o próprio pessoal da Petrobras, a começar pelo presidente, responderia por ter aceitado uma interferência”, disse Bolsonaro em entrevista. “Os vilões são a roubalheira na Petrobras e o ICMS”, acrescentou o presidente.

Em ensaio para seu discurso nas eleições de 2022, Bolsonaro tem jogado a recente alta dos combustíveis no colo de casos de corrupção em refinarias de petróleo nos governos petistas.

“Se duas refinarias tivessem sido concluídas, já seríamos autossuficientes em diesel e gasolina, já seria suficiente para preço estar muito mais barato”, afirmou Jair Bolsonaro.

Sem especificar o assunto, Bolsonaro disse durante a entrevista à Jovem Pan ter conversado nesta manhã com o príncipe da Arábia Saudita junto ao ministro de Relações Exteriores, Carlos França. A Arábia Saudita é uma potência na área de petróleo.

Empresa árabe reduz preço do diesel e da gasolina no Brasil

Acelen, concorrente da Petrobras (PETR4)
Acelen. Foto: Divulgação

A Acelen, braço do fundo de investimento árabe Mubadala que controla a Refinaria de Mataripe, na Bahia, reduziu o preço do diesel entre 2,7% e 3% e a gasolina em 0,8% em quase todos os mercados onde atua. Segundo a empresa, a redução acompanha o recuo do petróleo na semana passada.

Diferentemente da Petrobras, a Acelen tem feito reajustes pontuais e, no caso do gás de cozinha, tem praticado preços mais baixos do que a estatal brasileira.

Segundo o site da Acelen, o último aumento do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) foi no dia 1.º de março. A estatal reajustou o GLP em 16,1%, o diesel em 24,9% e a gasolina em 18,7% na última semana.

Antes dos aumentos, os preços da Refinaria de Mataripe chegaram a ficar 27% mais altos do que os da Petrobras (que ainda mantinha os preços defasados ante a disparada da cotação internacional em meio a guerra entre Rússia e Ucrânia), fazendo com que distribuidores trouxessem combustíveis de outros estados para a Bahia.

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Com informações de Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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