Petrobras (PETR4) abre em alta de 7,55%; UBS fala que queda de ontem foi exagerada

A Petrobras (PETR4) abriu em alta de cerca de 7,50% no pregão desta terça-feira (23) na B3 (B3SA3). A companhia recupera parte das perdas que amargava desde a última sexta (19), quando o presidente Jair Bolsonaro iniciou os ataques ao então diretor-executivo (CEO) da companhia, Roberto Castello Branco, por alterações nos preços dos combustíveis.

Apenas ontem, a Petrobras caiu mais de 20%, com os investidores temendo uma interferência do presidente da República, o que pode impactar o balanço da estatal, principalmente pela ameaça de novos subsídios ao diesel e à gasolina. Foram perdidos, no acumulado, mais de R$ 100 bilhões em valor de mercado.

Antes do início do pregão, os ADRs da petroleira já subiam nos Estados Unidos, chegando a avançar cerca de 5%.

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Petrobras realiza hoje reunião do conselho administrativo

Os 11 membros do conselho administrativo da Petrobras se encontram nesta terça-feira. Segundo comentários, os participantes devem se posicionar de forma favorável à demissão de Castello Branco e à admissão do general Joaquim Silva e Luna. As notícias afastaram a perspectiva de que todo os integrantes do conselho e a mesa diretora sairiam junto com o antigo presidente, o que piorava a percepção do mercado sobre a situação.

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Apesar da tendência, houve nas últimas horas críticas por parte de integrantes do conselho ao que fez Jair Bolsonaro. Marcelo Mesquita, um dos membros, afirmou em entrevista à CNN Brasil que Bolsonaro mostrou não ser o grande antagonista do PT e que teria se apresentado como um”comunista”.

UBS reitera recomendação de compra para estatal

Apesar dos acontecimentos recentes, o UBS voltou a recomendar a compra dos papéis da petroleira. O banco afirmou que a queda de ontem foi exagerada e que houve uma reação descompensada.

“Acreditamos que assombrações do passado estão afetando as percepções dos investidores. No entanto, a estrutura regulatória da Petrobras atual é muito diferente em comparação com a de 5 ou 10 anos atrás”, afirmaram os analistas do banco americano.

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Vitor Azevedo

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